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Data da publicação: sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Postado por Aqipossa Informativo

Filtração - Materiais


Você já tem acompanhado a série de matérias sobre filtração em:
http://aqipossa.blogspot.com/2010/12/filtracao-tipos-continuacao.html
http://aqipossa.blogspot.com/2010/12/filtracao-tipos.html
http://aqipossa.blogspot.com/2010/11/filtracao-basico-continuacao.html
http://aqipossa.blogspot.com/2010/11/filtracao-basico.html

Veja agora os tipos de materiais filtrantes:

Esponja de malha aberta. Este tipo de esponja é normalmente utilizado como suporte para as colônias de bactérias na filtração biológica. Um bom material substituto é obtido com o tipo de espuma utilizada em filtros de aparelhos de ar-condicionado.

Esponja de malha fechada. É utilizada em filtros internos de espuma, cumprindo dupla função: filtragem mecânica e biológica.

Perlon. Este é o nome comercial dado ao tecido (manta) de lã acrílica utilizado em filtração. Como material substituto podemos utilizar as mantas acrílicas utilizadas no estofamento de móveis. O perlon está entre os materiais de filtração mecânica mais utilizados devido ao seu baixo custo e praticidade de uso.

Velas de cerâmica porosa ou fibra sintética. Estas velas do tipo utilizado em residências ou empresas para a filtragem de água potável, podem ser utilizadas com bons resultados em aquarismo. São encontradas em diferentes formatos e encaixes, dependendo de sua finalidade, devendo ser preferidas as de maior granulometria (25 micra) para reduzir a freqüência de manutenção. Em emergências, podemos utilizar velas de menor granulometria (5 a 10 micra), com objetivos específicos como o tratamento de infestações por algas. Este tipo de uso é denominado help-filter na terminologia aquarística.

Cartuchos específicos. Normalmente fornecidos pelos fabricantes para utilização em seus produtos específicos, os cartuchos podem conter combinações de diferentes materiais filtrantes, cumprindo mais de uma função simultaneamente. De utilização prática, porém com custo normalmente elevado, os cartuchos são descartáveis, não sendo passíveis portanto de reutilização.

O carvão ativado mineral, granulado ou em blocos, submetido a tratamento especial para criar poros, é um dos melhores e mais econômicos agentes da filtração química por suas propriedades adsorventes. É capaz de retirar diversas substâncias nocivas da água, entre as quais o cloro. Não possui ação bactericida e alguns tipos podem ter nitrato de prata como aditivo (cuidado com estes, não utilizar). Observe que, apesar de assim chamado, não existe exatamente um "carvão mineral", uma vez que todo carvão é resultado da queima incompleta de organismos biológicos (vegetais ou animais). O "carvão mineral" é assim chamado por ser extraído (minerado) de extensas jazidas subterrâneas, resultado de camadas de matéria orgânica enterrada em eras anteriores. Além disto outras substâncias também são utilizadas na fabricação de CA, tais como madeiras leves (produzem um CA muito poroso), e cascas de nozes (ex.: coco, que produzem um CA com poros de menor diâmetro), entre outras. Portanto, dependendo de sua origem, o carvão (mesmo o ativado) pode conter substâncias nocivas ao aquário, principalmente fosfatos. Por esse motivo é recomendável sua imersão antecipada (2 a 3 semanas) em água limpa, trocada freqüentemente, antes de sua colocação no(s) filtro(s). A relação a seguir nos dá uma idéia da capacidade de adsorção do CA em relação a diversas substâncias:

Alta a Muito Boa:

Antimônio, Arsênico, Bismuto, Branqueadores, Cloraminas, Cloretos, Cloro, Cromo, Corantes, Ouro, Peróxido de Hidrogênio, Inseticidas, Monocloramina, Odores, Pesticidas, Fenóis, Tanino, Tri-halometanos, Compostos orgânicos (aromáticos, éteres, cetonas, glicóis, halogenados, esteres, aldeídos, aminas), Gases em geral.

Boa a Moderada:

Ácido Acético, Cobalto, Detergentes, Sulfeto de Hidrogênio, Mercúrio, Ozônio, Permanganato de Potássio, Prata, Sabão, Solventes, Vinagre, Zircônio.

Fraca:

Cobre (complexos), Ferro (Fe3+), Chumbo, Níquel, Titânio, Vanádio.

Baixa a Nenhuma:

Amônia, Bário, Berilo, Cádmio, Dióxido de Carbono, Cobre, Ferro (Fe2+), Manganês, Molibdênio, Nitratos, Selênio, Tungstênio, Zinco.

Por ter uma estrutura química absolutamente neutra, o CA (livre de impurezas) não interfere diretamente nas características da água do aquário (Alcalinidade, Dureza, pH). Porém, ao absorver substâncias diversas dissolvidas na água (umas mais que outras), o CA pode causar por via indireta modificações no ambiente, que não são totalmente previsíveis, pois dependem da natureza e das quantidades das substâncias dissolvidas na água tratada.

Carvão vegetal ou carvão comum, do tipo utilizado para churrasco, também possui propriedades adsorventes, porém em proporção muito inferior às do carvão ativado, pois não possui a estrutura porosa daquele. Esse fato, associado ao maior risco de existência de fosfatos no seu interior, devido à queima recente, e à possibilidade de o mesmo ter sido obtido a partir de plantas que apresentem toxidez para os ocupantes do aquário nos fazem contra-indicar categoricamente sua utilização em filtros de aquários.

Resinas Deionizadoras. Desenvolvidas nos últimos anos, esses tipos de resinas acrescentam uma importante opção à etapa de filtração química, pois normalmente possuem maior capacidade de absorção e neutralização de íons do que o carbono ativado, servindo como excelentes substitutas (ou complementos) para o mesmo.

Xaxim é o nome vulgar de uma samambaia gigante de crescimento lento, (Dicksonia sellowiana) que pode alcançar 10 metros de altura. O xaxim que conhecemos vem do "tronco", na verdade uma raiz que se ergue suportando as folhas. Esse "tronco" é cortado em vasos, placas ou desfibrado. Material orgânico (fibras ou pó), extraído da samambaia, atualmente ameaçada de extinção pela super exploração, o xaxim tem propriedades levemente acidificantes contribuindo para “envelhecer” a água do aquário. Devido à ameaça de extinção da planta da qual é obtido o xaxim, existem hoje no país leis federais restringindo sua exploração. De nossa parte recomendamos aos colegas aquaristas absolutamente não mais utilizarem este material, contribuindo assim para a conservação da espécie.

Turfa. Material orgânico, extraído do solo de regiões específicas na Europa, a turfa apresenta propriedades semelhantes às do xaxim, sendo porém de mais difícil obtenção no Brasil. Alguns fabricantes de meios filtrantes apresentam embalagens contendo turfa tratada para utilização em seus equipamentos. A turfa é capaz de reduzir a dureza (GH) da água, suavizando-a. A maneira mais eficiente de suavizar a água usando turfa é arejar a água durante um bom tempo (1 a 2 semanas) em um recipiente contendo turfa previamente fervida. É possível colocar turfa natural nos filtros de aquários, porém esta técnica tem desvantagens: a turfa entope facilmente, pode turvar a água do aquário, e é difícil calcular a quantidade de turfa correta para cada caso, (usar quantidades erradas pode produzir efeitos indesejados).

Fibra de coco. Material orgânico alternativo, a fibra de coco ainda não possui suficiente “tempo de estrada” para proporcionar uma avaliação segura de suas propriedades. Estima-se que poderia ser um bom substituto para o xaxim (tal como em jardinagem), porém ainda não dispomos de confirmações seguras de seus efeitos em aquarismo. De nossa parte acreditamos que valeria a pena para todos nós aquaristas e para o meio-ambiente, fazermos análises e testes mais aprofundados para investigar a viabilidade de sua utilização como substituto do xaxim, pois trata-se de material renovável e de fácil obtenção em todo o país.

As bactérias constituem a base fundamental de toda a filtragem biológica. Sem elas seria muito difícil, se não impossível, mantermos ambientes perfeitamente equilibrados e saudáveis. Uma das suas principais funções é a sua atuação no ciclo do nitrogênio.

As plantas, algumas espécies mais que outras, são também um importantíssimo agente de “filtragem” nos aquários. Elas tem a capacidade de absorver amônia e nitratos (pelas folhas e pelas raízes), contribuindo fortemente para a desintoxicação do meio em que estão mergulhadas. Além disso elas também servem de suporte para colônias de bactérias que reforçam a ação desintoxicante no interior do aquário.

Anéis de cerâmica porosa. Os anéis de cerâmica são utilizados para “hospedar” as colônias de bactérias da seção de filtragem biológica. São bastante convenientes por proporcionarem uma superfície ampliada (devido aos poros), para a fixação das bactérias, maximizando a utilização do espaço do filtro e a eficiência dele.

Velas de filtro de cerâmica (cacos). Pedaços de vela de cerâmica porosa, do tipo utilizado em filtros de água domésticos, podem ser utilizados como um substituto válido (e econômico), para os anéis de cerâmica e também as bio-balls, para a hospedagem de colônias de bactérias. Possuindo uma ação alcalinizante no início, este material tende a perder este efeito após algum tempo de uso (maturação), quando passa a não mais interferir no pH do ambiente.

Bio-balls. Consistem em bolas de material plástico não tóxico (nylon, polietileno, poliuretano, etc), que apresentam uma superfície irregular, rugosa e com protuberâncias, destinadas a maximizar a ocupação pelas bactérias das colônias suportadas. Sua principal utilização é feita nas torres de filtração dos filtros do tipo wet-dry, usados no aquarismo marinho.

Rochas-Vivas, assim denominadas genericamente os inúmeros tipos de organismos marinhos constituintes dos bancos de corais (pólipos), responsáveis por importante papel na ecologia oceânica e "construtores" dos bancos de corais (reefs). Esses organismos são responsáveis por uma grande parte da “reciclagem” da matéria orgânica que poluiria o aquário (dejetos). Devem ser utilizadas, preferencialmente rochas-vivas de natureza calcária, que possuem grande diversidade de microorganismos benéficos. Eles contribuem para manter estáveis os níveis de nitritos, amônia e outras substâncias, agindo no interior do aquário.

Areia fluidizada. Os filtros de areia fluidizada chegaram recentemente ao mercado aquarístico. Eles executam uma filtragem biológica baseando-se no bombeamento da água através de um recipiente (tubo) onde se encontra a areia (partículas de sílica), nas quais estão fixadas colônias de bactérias. Este é um processo muito eficiente, o que lhes permite ter uma constituição compacta que os torna aptos a serem utilizados inclusive no interior de aquários.

Produtos químicos diversos podem ser adicionados aos vários tipos de filtros, com a finalidade de auxiliar no condicionamento da água aos parâmetros desejados. Desse modo, substâncias alcalinizantes, acidificantes, tamponadoras (buffers), etc, podem ser facilmente incorporados ao processo de tratamento da água, simplificando a operação. A este respeito, podemos fazer a seguinte consideração: só consideramos vantajoso interferir desta maneira no tratamento da água se for fácil tanto a incorporação quanto a retirada de substâncias no processo. Ou seja, se o tipo de filtro utilizado oferecer a possibilidade de uma reconfiguração fácil. Essa característica é essencial para a rápida correção de eventuais erros porventura introduzidos, que então poderá ser feita com um mínimo de trabalho. Caso o tipo de filtro em uso não ofereça esta facilidade, recomendamos introduzir as modificações através de outros métodos, que possam ser mais facilmente controlados.

Fonte: http://www.aquahobby.com

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