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Data da publicação: quinta-feira, 4 de abril de 2013
Postado por Aqipossa Informativo

O fechamento do Engenhão é golpe



No dia 26 de Março, a Prefeitura do Rio confirmou que o Engenhão estava fechado por causa de um problema na cobertura do estádio identificado por uma consultoria alemã. Numa conversa com os clubes, o prefeito Eduardo Paes iria apontar um prazo para o início da reforma e apresentaria o potencial risco de desabamento da cobertura do Engenhão, inaugurado em junho de 2007 depois de um investimento de R$ 380 milhões por parte do governo municipal.

Porém de tão repentino, nem o diretor de competições da Ferj, Marcelo Vianna, sabia sobre o possível fechamento do estádio. Pelo lado do Botafogo, o diretor executivo do clube, Sérgio Landau, também se mostrou surpreso com o possível fechamento do Engenhão: - “A manutenção é feita todos os anos pela Odebrecht. Não tenho nada sobre fechamento para falar agora.”

O consórcio OAS/Odebrecht é o responsável pela manutenção da cobertura do Engenhão. As empresas vinham fazendo relatórios anuais no estádio. O Jornal da FlaPress LanceNet! informou em seu site que apurou que em 2010 um problema já havia sido detectado. Por conta de a cobertura ser suspensa (não sustentada por bases), era preciso já na época construir novas treliças e reforçar as antigas.

Ou o problema já era conhecido e não se tomou providencias por quase 3 anos, ou o tal problema de 2010, não era relevante, mas então, como um problema tão grave foi identificado sem nem mesmo o Botafogo saber que uma manutenção fora feita?

Até agora não se sabe com exatidão a extensão do problema que causaria a interdição.

Mas aí, surge uma nova informação, de João Leonardo Medeiros, extraída do Panorama Tricolor:

“...com a interdição do Maracanã, o Engenhão tornou-se o palco central do futebol do Rio de Janeiro, casa de 3 dos 4 times grandes do estado no Estadual, no Brasileiro, na Copa do Brasil, na Libertadores e na Copa Sulamericana (...).”

“...o governo põe nos trilhos a privatização do Maracanã, parecendo, pelo edital, disposto a fazer uma doação generosa a um grupo privado (...). Ciente de sua influência junto ao poder público, o grupo privado endurece a negociação com os dois clubes mais carentes de estádio, Flamengo e Fluminense, acuando suas diretorias publicamente.”

“...numa tentativa de reagir ao domínio de uma empresa interessada apenas em lucros, (...) os dois clubes reagem e anunciam um contrato para uso do Engenhão até o final do ano de 2013, com opção de renovação. (...) a concessionária (dona?) do Maracanã precisará, pelo edital, ter contrato assinado com dois clubes grandes de futebol do Rio de Janeiro. Como Vasco e Botafogo usam, respectivamente, São Januário e Engenhão, restavam… Flamengo e Fluminense.”

“...pouco mais de uma semana depois do anúncio do contrato de Flamengo e Fluminense para uso do Engenhão, o prefeito do Rio de Janeiro surpreende o país e o mundo revelando a possibilidade de uma queda repentina da cobertura do estádio e, portanto, a necessidade de interditá-lo de imediato.”

Que contrato é esse que a Globo esqueceu de falar agora? O contrato fora assinado 11 dias ANTES da interdição do Engenhão.

No site flamenguista Framengo Notícias, a matéria foi postada dia 19 de Março, 7 dias antes. Diziam, que Flamerda e Botafogo fecharam acordo para o time Rubro-Negro mandar seus jogos no Engenhão até o final desta temporada.

Explicam que sem ter a certeza da utilização do Maracanã, os dirigentes da Gávea decidiram renovar a locação do estádio, que vigorou de setembro de 2010 até dezembro de 2012. O novo contrato, assinado na última sexta-feira, prevê participações em receitas como estacionamento e restaurantes, além de poder realizar ações de marketing no local.

O contrato então fora assinado então no dia 15 de Março, 11 dias antes da interdição do Engenhão, como citam em “na última sexta-feira”. Durante o tempo em que durou o vínculo anterior, o preço da locação era menor, fixado em R$ 5 mil por jogo.

No dia seguinte, o site Jogada Ensaiada, informava que o Botafogo fechava acordo também com o Fluminense:

Na incerteza da utilização do Maracanã no fim das obras de restauração, as diretorias do Flamengo (SIC) e Fluminense fecharam um acordo com o Botafogo, que garante o mando de campo nos jogos realizados no Engenhão até o final da temporada. O novo vinculo dá aos clubes o direito de realizar ações de marketing nos dias de jogos, além de participações nas receitas de restaurantes e estacionamentos, por exemplo.

Há a informação da licitação do Maracanã. Para a assinatura do contrato entre os 3 clubes, a multa rescisória foi a questão mais discutida pelas partes. A diretoria alvinegra havia pedido inicialmente um valor considerado alto pelos dirigentes flamenguistas e tricolores, que depois de muita negociação garantiram a redução desejada. A intenção do clube das Laranjeiras é poder romper o acordo caso conclua as negociações com as empresas que concorrem a licitação do Maracanã.

O Flamerda, num chororô antecipado, alegou comprometer as finanças do clube caso o valor não fosse reduzido.

Desde o início do ano, com o fim do contrato anterior,  o esgoto da Gávea e o Fluminense alugavam o estádio por dia de jogo, o que não era vantajoso para os clubes. Os valores eram determinados conforme a carga de ingressos à venda. Por exemplo, para jogos com 15 mil e 25 mil bilhetes, o Botafogo recebia R$ 20 mil e R$ 28.500 mil, respectivamente. No acordo anterior, o valor da locação era muito menor, cerca de R$ 5 mil por jogo. No contrato atual os preços serão definidos de acordo com a estimativa de público.

A multa de rescisão não foi divulgada, porém, sabemos que com o Engenhão fechado, essa multa não será cobrada. Será que é aqui que começa o golpe?

O Maracanã vai ser reinaugurado daqui a algumas semanas. Os dois times preferirão jogar lá. Para os clubes sem estádio, teria sido melhor não ter feito contrato algum, já que pagariam menos por jogo até que voltassem a utilizar o Maracanã, mesmo sendo mais caro que o contrato ora firmado, pois duraria pouco tempo.

Com o contrato, o principal estádio do Rio de Janeiro, em fase final de reforma, pode receber pouquíssimos jogos este ano após a Copa das Confederações.

Apesar de terem assinado para continuarem mandando os jogos no Engenhão até o final de 2013, as diretorias de Flamerda e Fluminense ainda têm a intenção de voltarem a atuar no Maracanã assim que a situação do estádio for melhor definida. Até por isso, o valor da multa rescisória foi um dos pontos que atrasou o acordo com o Botafogo.

Em obras desde 2010, a última previsão é que as obras do Maracanã sejam concluídas no dia 28 de maio, após seguidos atrasos. O custo inicial da reforma era de R$ 600 milhões, mas acabou subindo para cerca de R$ 932 milhões.

A licitação no Maracanã está prevista para acontecer no dia 11 de abril, mas os ministérios públicos Federal e Estadual ingressaram na Justiça Federal do Rio com um pedido de liminar para a imediata suspensão do processo. Sob a afirmação de que "estão sonegando informações essenciais" dos possíveis licitantes e da população em geral, a ação enumera diversas irregularidades na concessão do complexo esportivo.

Notem que nem Flamerda, nem Fluminense e nem muito menos a empresa que vencer a licitação lucrarão com o Engenhão aberto.

Os ministérios públicos Federal e Estadual ingressaram na Justiça Federal do Rio para suspender a licitação enumerando diversas irregularidades na concessão do complexo esportivo. Entre elas, falta de justificativa do valor mínimo da concessão, ausência de informação sobre a operação financeira dos equipamentos públicos e riscos à competitividade no processo, o que facilitaria "coluio entre os potenciais interessados". O pedido de suspensão foi protocolado na Justiça na noite de 18 de Março e seria avaliado nos próximos dias.

"Primeiramente, não há qualquer justificativa para o valor estimado dos investimentos que a concessionária deve realizar - cerca de R$ 594 milhões - ou do valor mínimo de outorga de concessão, fixado em R$ 4,5 milhões. Tampouco consta qualquer informação sobre as receitas e despesas operacionais dos equipamentos públicos cuja gestão se pretende transferir à iniciativa privada, nem qualquer previsão do fluxo econômico da atividade comercial que seria desenvolvida no entorno do Maracanã", aponta o parecer.

Outra irregularidade identificada no edital de concessão foi o curtíssimo prazo para que as empresas interessadas se manifestassem e agendassem a visita técnica. Os interessados tiveram apenas quatro dias para tomar conhecimento do edital e decidir participar da licitação, além de precisarem realizar a visita técnica em datas já especificadas, uma restrição excessiva e danosa à competitividade do processo, que facilita o conluio entre potenciais interessados.

Os autores da ação pedem, também, que a licitação - prevista para dia 11 de abril - seja remarcada com antecedência mínima de 45 dias e as visitas técnicas obrigatórias das empresas sejam realizadas de novo em prazo não inferior a 30 dias.

Por fim, o MPF e o MP afirmam que o Estado do Rio de Janeiro foi omisso e afrontou os princípios da transparência e legalidade da concessão do Complexo do Maracanã.

Lusoarenas/Traffic e Eike Batista brigarão na licitação.

Única empresa a demonstrar formalmente o interesse em administrar o Maracanã, a IMX, de Eike Batista, deve ter um concorrente de peso na disputa da licitação. Ao lado da Traffic, a empresa portuguesa Lusoarenas pretende entrar forte nesta disputa e já criou a “Herling é Stadia” para formalizar um estudo de viabilidade.
Durante participação no Footecon, no Rio de Janeiro, Marco Herling economizou nas palavras, mas confirmou que tem interesse na administração alguns estádios brasileiros, inclusive o Maracanã.

Agora que está tudo à mesa, a que conclusão chegamos?

Outras fontes:





http://www.portaldelicitacao.com.br/noticias/5926-maracana-lusoarenas-vai-disputar-licitacao-com-empresa-de-eike-batista.html


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