A saúde do Futebol depende dele se libertar da Rede Globo! O Futebol NÃO é vermelho e preto! A FlaPress existe! Sem ter quem
    acredite nela, a mentira não anda. Combata a FlaPress repassando a verdade que você já sabe para amigos NÃO flamenguistas.
Data da publicação: sexta-feira, 2 de setembro de 2016
Postado por Aqipossa Informativo

Os rascunhos da FlaPress: Ari Barroso

Ari Barroso entrava em campo, xingava o juiz e era o radialista! Tendencioso e parcial,  mostrou o caminho que a FlaPress segue hoje.  


É difícil dizer quando e como a FlaPress começou. Mas com certeza não foi nos anos 40, mas já nesses anos o péssimo hábito de deixar a imparcialidade de lado, acometia os radialistas torcedores do Flamengo.  Começava a se esboçar a ideia principal da FlaPress, ainda não proposital. Talvez, devido à péssima década anterior do Flamengo, rebaixado duas vezes pelo campeonato carioca, mas que nunca realmente foi jogar a segunda divisão e diversas vezes goleado, Ari Barroso, antes tricolor, resolvia impor a todos que o escutavam nas rádios, que o Flamengo era o melhor e os outros eram porcarias.

E isso não é a base da FlaPress?

Ari Barroso, o jornalista da FlaPress de antigamebte
Ari Barroso, mineiro, gostava do Flamengo acima de qualquer coisa. Assim é o verdadeiro flamenguista, todos sabem. Colocam o time acima até mesmo do que é certo, honesto, justo… Como o “roubado é mais gostoso” do goleiro flamenguista Felipe. Honra pra essa gente não existe, não se vê, não dá pra achar.

A imparcialidade que deve conviver com cada jornalista, seja em que ramo atue, não existia para Ari Barroso, assim como não existe para qualquer outro jornalista esportivo da atualidade, como Renato Maurício Prado, por exemplo, um dos maiores pulhastras ligados à Imprensa esportiva que se tem conhecimento.

O ideia de FlaPress existe há décadas


Com a péssima imagem que ficou na década de 30, (não ganhou um único título entre 1928 e 1939; foi o último colocado na liga amadora em 1933 ao abandonar a Liga; último colocado na liga profissional onde foi aceito sem jogar a divisão inferior primeiro; penúltimo colocado no ano seguinte, 1934, na mesma Liga; 4 vezes vice-campeão carioca para um mesmo time, o Fluminense em 36-37-38 e 40; goleado várias vezes, como por exemplo, as derrotas de 6x2 e 4x2 para o Bonsucesso, 5x2 para Vasco, 4x3, 4x1 e 4x0 para o São Cristóvão, 4x3 e 4x0 pra o Bangu, 4x1 para o Fluminense, 5x1 para o Botafogo) os princípios da FlaPress já estavam esboçados: Proteger a imagem do Flamengo, esconder o que for ruim, aumentar o que for bom, inventar se não tiver coisa boa, desmerecer os demais adversários, minimizar a conquistas deles, inventar mentiras e distorcer verdades sobre eles. Entre outras, claro.

FlaPress - Jornal do Brasil mostra parcialismo de jornalista
Jornal do Brasil, 17/09/1970 - Pág 2 - Caderno B

Pela Rádio Cruzeiro do Sul, de 1934 à 1938, Ari Barroso transmitia partidas de Futebol, na maioria, jogos do Flamengo. Segundo o Jornal do Brasil, sua parcialidade era escandalosa. De 1938, em diante, pela Rádio Tupi, mantinha sua gaitinha e parcialidade. Um exemplo? “Em 1944, na decisão do campeonato carioca entre Flamengo e Vasco, Ary estava na cabine de rádio quando aos 41 minutos do segundo tempo saiu o gol que dava o título de tricampeão ao rubronegro. Emocionado, ele abandonou o microfone e foi torcer à beira do gramado.” (Ary Barroso, histórias de um locutor-pirata - Regina Rocha)

De tanto criticar o Vasco da Gama, Ary Barroso foi proibido de entrar no estádio São Januário. Certa vez, precisando transmitir uma partida no Estádio do Vasco, sua solução foi subir no telhado próximo ao estádio e narrar a partida ao fundo de cocoricós, além de penas e o cheiro de galinhas, já que o telhado era de um galinheiro.

A “maldita” gaitinha que tocava nas transmissões era apenas quando acontecia um gol. Claro que se o jogo fosse do Flamengo, soprava a maldita com mais força e nunca se ouvia a estridente e aguda gaita quando o gol era contra o rubro negro. Eis mais uma tática usada hoje pela FlaPress, quando se grita mais alto e longo o gol do Flamengo e mais triste e rápido o gol contra o Flamengo. Galvão Bueno e Luís Roberto da Globo nos mostrou isso diversas vezes. E Ari Barroso ainda invadia o campo e xingava o juiz.

Ari passava instruções diretamente ao time durante o jogo

Parcial, Ari Barroso largava a transmissão na Rádio no intervalo na partida para dar conselhos e instruções aos jogadores do Flamengo e ao técnico. Era costume e quem estivesse assistindo o jogo comprovava isso. Uma narrativa bem detalhada desda falta de profissionalismo e interferência do radialista foi contada pelo Sport Ilustrado em 14 de Abril de 1949:

“O locutor gaitinha(...) não esconde em absoluto as suas tendências pelo Flamengo, clube do qual é conselheiro. (...) Seu nome está ligado a diversos fatos de capital importância ocorridos em nosso meio esportivo e mais particularmente ao clube da Gávea. (...) Uma grande revelação, algo que descobrimos casualmente em Ari Barroso. Vocês sabiam que o locutor da gaitinha durante o transcurso de um prélio, se transforma em técnico das r linhas… da arquibancada? (...)quando me refiro a um prélio de interesse ao locutor, estou ligando o fato ao seu clube de coração: o Flamengo.”

(...) Em dado momento do match, apareceu Ari Barroso, muito nervoso, correndo de um lado para o outro, procurando despertar a atenção do ponteiro Esquerdinha. (...) Mande o Djalma avançar! (Foi um erro de expressão do locutor, o que atribuímos ao seu estado de nervos, já que o placard naquela altura era de 1-0 pró-Bangu)

(...) Djalma no caso era Durval… Mais tarde, quando o Flamengo vencia por 2x1 e o Bangu empreendeu uma reação, obrigando o quadro rubro-negro a recuar, Ari voltou a encher os pulmões e gritar nervosamente: Ó Jorge de Castro, Futebol se joga na frente! Não recue, mande o Gringo avançar…”

Jornal detalha parcialidade da Imprensa favorável ao Flamengo
Sport Ilustrado 14/04/1949 - Pág 17

Ari Barroso passando instruções ao técnico do Flamengo
Sport Ilustrado 14/04/1949 - Pág 17

E tem a história da aposta com o compositor Haroldo Barbosa. Conta o escritor Ruy Castro: "Em 1953 ou 1954, os dois apostaram o bigode num Fla-Flu. Quem perdesse teria o bigode raspado pelo outro, com imprensa e tudo. Haroldo ganhou, e a história, anos depois, acabou num samba: "Flamengo já parou de perder por aí / Eu vi o Haroldo Barbosa raspar o bigode do Ary. / Às vezes, com dez homens ele vence / Mas, também com onze, perdeu para o Fluminense".

Não sabemos quando e como começou a FlaPress, nem quem pode ser considerado de fato o pai da famigerada Imprensa protetora do Flamengo. Mas é bem provável que Ari Barroso tenha sido o avô da FlaPress.

Postada por Aqipossa Informativo. Você pode receber as próximas postagens do Aqipossa assinando gratuitamente nossa NEWSLETTER.

Divulgue esse artigo