"Já liguei a TV pra secar o bacalhau."
Amados irmãos vascaínos do Brasil e do Mundo, quanto tempo né?!!!
A frase acima, foi uma mensagem de texto que recebi recentemente de um amigo flamenguista na véspera de um jogo do VASCO.
Os momentos decisivos estão chegando e é normal que as rivalidades fiquem mais à flor da pele. Você com certeza vai torcer pelo seu time e de preferência pelo insucesso do seu rival.
Essa rivalidade, sem violência, faz parte do futebol. No nosso caso, continuaremos apoiando o VASCO e de quebra torceremos por mais um vice da mulambada.
E claro que quando você manifestar a sua torcida do contra, vai ouvir do seu amigo mulambinho aquela historinha de sempre, torcida Arco-íris, a inveja de todos contra o mengão, etc...
Para quem não sabe, o termo arco-íris é usado pelas torcidas para justificar a união de outras torcidas contra o seu clube. O uso do arco-íris como referência é pelo fato de unir em um mesmo momento várias cores possíveis, uma alusão à união das cores dos clubes no momento da torcida do contra.
No fundo são as mesmices ideológicas da Flapress. E aí, para combater as mentiras da Flapress, só as verdades do AQIPOSSA. Então vamos lá.
A primeira desculpa que seu amigo mulambo usa para justificar o termo torcida arco-íris é: Sempre foi assim, vocês começaram, todos tem inveja do mengão...
Claro que ele está, mais uma vez, enganado. E o AQIPOSSA mostra o porquê.
As rivalidades dos clubes do RIO começaram no remo e passaram para o futebol. O primeiro registro de união da torcidas contra um clube foi em 1923.
Todos já sabem da história do VASCO em 1923, se não sabem, podem pesquisar depois. O VASCO era o time que vinha da segunda divisão e havia vencido todos os grandes em uma campanha invejável.
1° Turno:
VASCO 3 X 1 Botafogo
VASCO 3 X 1 Flamengo ( 1° Confronto )
VASCO 1 X 0 América
VASCO 1 X 0 Fluminense.
2° Turno:
VASCO 3 X 2 Botafogo
Não vou escrever sobre o campeonato de 1923, mas coloquei o resultado das partidas para entrarmos no contexto do que representava vencer o VASCO naquele momento.
O time de portugueses, negros, pobres, operários, suburbanos e da segunda divisão, havia vencido todos os grandes e acabaria sendo campeão.
Após a vitória contra o Botafogo, viria o 2° confronto contra o Flamengo e não dava mais para esperar. O VASCO precisava perder. Eram todos contra o VASCO, mas quem vai levantar a bandeira arco-íris é a mulambada.
"E era o time da mistura que estava na frente do campeonato, sem uma derrota. Tinha de perder, pelo menos uma vez." Pág 124 – O negro no futebol brasileiro - Mario Filho.
"Era a semana do VASCO e Flamengo, transformado em um autêntico Portugal e Brasil. Todos os jornais atiçavam o Flamengo..." Pág 123 – Mario Filho.
Qualquer semelhança com a Flapress é mera coincidência.
Nesse caso, a torcida arco-íris faz a sua primeira aparição no futebol carioca, em um jogo do VASCO contra o Flamengo. Veja como foi.
"Quando acabou o half-time (primeiro tempo) muita gente ficou namorando o placar, Flamengo dois, VASCO zero. Gente do Flamengo, do Fluminense, do Botafogo, do América. O Flamengo deixara de ser um clube, um time, eram todos os clubes, todos os times, o futebol brasileiro..." Pág 124 – Mario Filho.
Mario Filho pode até estar exagerando, mas está claro que já temos aí um bom exemplo da torcida arco-íris.
É a Gênese da torcida arco-íris, do todos contra um. Nesse caso, ela nasce para torcer pela derrota de um rival, derrota em apenas uma partida.
Aliás, essa é uma característica da ação da torcida arco-íris. O campeonato tem 600 jogos e ela normalmente aparece em apenas uma partida, muitas vezes decisiva. É silenciosa e contida na maior parte do tempo, mas é oportunista. Aguardando o melhor momento para aparecer. O comportamento típico, por exemplo, de um urubu esperando a morte da presa para atacar.
O tempo avança e em 4 de Maio de 1980, a torcida arco-íris marca presença novamente. Dessa vez a partida nem é tão importante assim para o campeonato, mas para os vascaínos. Marcava o retorno do ídolo Roberto Dinamite para o VASCO, após uma passagem pela Espanha.
O jogo é válido pelo Brasileirão e o adversário é o Corinthians. A mulambada faz a partida de abertura, quem é mais antigo, vai lembrar que antes das partidas principais haviam partidas chamadas de preliminares. Nesse caso, o Flamerda enfrentou o Bangu. É importante colocar o contexto, pois podem dizer que eles não torceram contra, mas que estavam no estádio e aproveitaram a oportunidade.
Mas na verdade, foi uma exibição típica da torcida arco-íris. A Flapress, claro, chamou o movimento de FLA-Fiel. Foi a união das torcidas do Flamengo e Corinthians contra o VASCO.
Na preliminar, a mulambada sofre pra ganhar do Bangu, apesar do placar de 3x0. Os gols só saíram no segundo tempo e, mesmo assim, dois deles a partir dos 36 minutos. Tita, o carrasco de 87, fez os três gols. Usando o anacronismo e a paixão, podemos dizer que esses gols também foram do VASCO, pois Tita, depois se declarou vascaíno. Já era um sinal de que a torcida arco-íris iria sofrer mais ainda.
Se em 1923 Carlito Rocha nos tirou a Vitória, em 1980 Dinamite extrapolou.
No campo, show do time principal: O VASCO. Roberto marcou 5 gols e deixou a nossa imensa torcida bem feliz, de quebra bate o recorde de gols em uma mesma partida. Recorde que hoje pertence ao Edmundo (6 gols).
Veja como a Flapress destacou a derrota da "Fla-Fiel".
Precisa comentar? O que vemos é que na verdade a iniciativa de torcer contra, como diz a Flapress, não começou em torcer contra o Flamengo e sim contra o VASCO. E que não foi por inveja do Flamengo e sim pela inveja de ser VASCO.
No segundo caso , vemos que a união da Fla-Fiel já era o reflexo dos interesses obscuros da Flapress.
E tem mais da torcida arco-íris. A partir de agora, o que veremos não é a união de várias torcidas para torcer contra um clube, mas a união da torcida do Flamengo com qualquer outro clube, que em momentos decisivos pudessem vencer os seus rivais do Rio de Janeiro.
A fórmula é simples: Somar as cores preto e vermelho com qualquer outra cor, para formar o Arco-íris. Com ajuda da Flapress, a inveja é mascarada como irreverência.
São essas atitudes que acabam dando aos outros torcedores motivo para torcerem contra o Flamerda e não ao contrário. Vamos por partes.
Decisão do intercontinental em 1998, VASCO x Real Madrid. Desespero da mulambada, VASCO campeão de tudo no centenário e prestes a conquistar o Mundo. Eis que surge a Fla-Madrid.
Era o que a Flapress precisava já que o ano do Flamengo tinha sido terrível. Evaristo de Macedo, técnico do time na época , pede para a torcida esquecer 98.
Perdemos a partida e salvamos o Natal da mulambada, mas duas coisas merecem o registro.
1. Veja que na grade de programação dos canais da TV, a Globo divulgou a partida como: Copa Toyota de Futebol, ou seja, não fala em Mundial de Clubes ou qualquer coisa parecida. A fonte é do Jornal do Brasil, mas a lista dos programas contidos na grade de programação são de responsabilidade das emissoras.
2. A atitude de ZICO. O Deus da mulambada, símbolo de profissionalismo, humildade e tudo mais. E recebido respeitosamente pelos torcedores do VASCO no Japão. Ele mesmo admite que essas polêmicas, de torcer contra, são inúteis e irreais.
Zico, como sempre, se acovardou. Vejam que antes desse encontro inesperado com os nossos torcedores, ele já havia dito que não torceria para o VASCO, apesar dele achar que seria bom a vitória de um time do Brasil.
É um Zé ruela mesmo.
A reportagem é tendenciosa à criar polêmica, (que o Zico diz serem irreais) pois não pergunta ao Bismarck, Mazinho e Jorginho (que jogaria no VASCO em 2000) se torceriam para o VASCO? Deixa prá lá...
Segue a reportagem do grande profissional do futebol brasileiro, dizendo que não torceria para o VASCO, "um time do Brasil".
Um outro caso bem recente foi no 1° Mundial de Clubes da Fifa, que foi disputado no RIO em 2000. VASCO e Corínthians representaram o Brasil. Talvez pela humilhação de 1980, ou pelo fato de ser o Manchester, um dos melhores times do mundo naquele momento, nasceu a Fla-Manchester e não Fla-Fiel.
Foram inclusive receber os ingleses no aeroporto, vejam que ridículo.
Poderíam ter ouvido o técnico Alex Ferguson do Manchester que disse que o VASCO dificilmente seria batido.
Mas não ouviram e o Fla-Manchester morreu com a derrota humilhante dos diabos vermelhos no Maracanã. VASCÃO 3X1. E a nossa imensa torcida bem feliz deu uma aula de civilidade e fidalgia aos ingleses, dentro e fora do Maracanã.
O que mais me impressiona é como ainda tem gente que ignora a necessidade da Flapress em estimular essas palhaçadas em cima de rivalidade. O tamanho do destaque dado a esse assunto nos jornais nos dias que antecederam os jogos é grande demais para ser simplesmente ignorado como "inúteis ou irreais".
Enfim...
Uma das mais deprimentes ações da mulambada em formar a torcida Arco-íris foi a Fla-Sousa na Copa do Brasil de 2010. Chega a ser ridículo e digno de pena. Mas vale o registro pela ousadia da Flapress em promover essa baboseira. Segue o link:
Final da Copa do Brasil de 2011. Como sempre na final, eis que surge o urubu oportunista. Dessa vez é Fla-Coxa ou Fla-ritiba.
Sabemos o final da história. VASCO campeão e sumiço do Arco-íris. O importante é registrar, que agora essa palhaçada da Flapress já tem um canal oficial: Os jornalecos de 60 centavos. Sucesso de venda com os fracassos dos times grandes do RIO. (VASCO, Botafogo e Fluminense)
Falando em Fluminense.
Tem torcida Arco-íris contra eles também. O sucesso do Fluminense incomodou a mulambada e a Flapress. Fla-Boca , Ligas dos Urubus...
Amigos, claro que a rivalidade faz parte da magia do futebol. Não é isso que destaquei aqui, mas sim, como a Flapress apoia essas manifestações bizarras em cima das rivalidades e sempre com destaque para a "extrovertida" torcida do Flamengo.
É normal ouvirmos de qualquer torcedor do Flamengo que eles são invejados e "secados" pela torcida arco-íris. O que não pode ser normal é perpetuar a mentira e o objetivo do AQIPOSSA é com a verdade.
"Parabéns ao Mengão pelo título inédito de Bi-Vice Campeão Mundial no futebol de areia."
Encerro com a frase que enviei, por mensagem de texto, ao meu amigo flamenguista, aquele do início da postagem.
Vento que venta lá, venta cá....
Um abraço fraterno.
Rodrigo Omena.
Saudações Vascaínas.