Data da publicação: quinta-feira, 10 de março de 2016
Postado por Aqipossa Informativo
A estrutura da FlaPress nos anos 60, 70 e 80
Os anos 80 foi o resultado do que tentavam já nos anos 60. Não foi de uma hora para outra. Foram de mansinho, devagar, enfiando o Flamengo naqueles que eram apaixonados pelo Futebol. Fizeram isso aos poucos, mas constantemente. No final do anos 60 e todo os 70 ninguém percebia, já que manipulavam de forma que entendessem como a “emoção do Futebol falando mais alto”, afinal, em 1970 o Brasil foi tricampeão do mundo. Era comum torcedores irem aos estádios para ver jogos de outros times que não o seu preferido.
Manipulação disfarçada
Na torpe tática da FlaPress, ainda não chamada assim, nem muito menos se podia desconfiar dela, as páginas da Globo mostravam o Flamengo em mais quantidade que os demais times. A transmissão pelo rádio dava mais ênfase ao nome Flamengo, pronunciando o mesmo como “Flamêngo”, criando uma sílaba tônica que não existia, ou até mesmo, como se falássemos com duas letras e: “Flameengo”. Você não está ouvindo o Aqipossa, está lendo, mas entendeu e mentalmente ouviu os narradores falando o nome deste lixo, não foi? Os colunistas esportivos da Globo não podiam dar nota baixa aos jogadores rubro negros nas resenhas sobre o jogo. E tinha o manipulador Canal 100 que mostrava Flamengo e mais Flamengo enquanto se esperava o filme começar, dentro dos cinemas. O programa de TV Cassino do Chacrinha trazia vinhetas em áudio com o nome dos clubes do Brasil durante a programação e principalmente entre as apresentações dos calouros. O nome do Flamengo era repetido mais vezes que os demais.
Mas entre a propaganda sobre o Flamengo nos anos 60 e 70 e a verdade nua e crua, faltavam as provas. Elas chegaram, forjadas, nos anos 80. Veio a bomba. A prática tomou corpo. Começou a crescer e foram respaldados pela já aceita ideia de que tudo era normal e que ninguém desconfiava. “Agora é tarde”, deviam falar eles entre eles, rindo dos indefesos que já acreditavam que entre os times do Rio de Janeiro, o melhor era o Flamengo.
O Flamengo é um time de mentiras
Analisando friamente, qualquer pessoa pode ver o grande salto sem sentido e sem igual na história do Futebol, até mesmo mundial, entre o quase nada do simples Flamengo para o grandioso campeão de tudo, segundo a Imprensa. Não havia nenhum grande jogador no time rubro negro até então, nenhum título fora do próprio Estado do Rio, nenhum reconhecimento nacional. Sequer um título de expressão fora do Rio de Janeiro, enquanto Vasco, Fluminense e Botafogo já estavam cansados de criar craques, cedê-los à Seleção, vencer competições regionais e cada um deles já havia vencido um título nacional. (1968, 1970 e 1974) Internacionais? Todos os três já haviam competido e conquistado títulos como Torneio de Paris, de Caracas, Copa Rio e Rivadávia Corrêa Meyer, os “mundiais” da época, disputados em turnos e returnos, às vezes com quatro equipes da Europa e mais quatro da América. Nada parecido com a Copa Europeia/Sulamericana que jogavam um time da Libertadores e outro da UEFA, algumas vezes disputado até pelo vice ou terceiro colocado europeu, tamanha a falta de importância da competição.
Os títulos de expressão internacional vencidos pelos três adversários do Flamengo e portanto da Imprensa, foram conquistados nos anos de 1948 (Vasco), 1952 (Fluminense), 1953 (Vasco), 1957 (Vasco), 1963 (Botafogo), 1967 (Botafogo), 1968 (Botafogo), 1970 (Botafogo) e 1976 (Fluminense). O Flamengo só conseguiria o seu primeiro título internacional de expressão, e pasmem, até agora o único, em 1981, com a Libertadores da América. No Japão, o título que a FlaPress chama de mundial, não passa do amistoso da Copa Europeia/Sulamericana, disputada em apenas um jogo, sem reconhecimento da FIFA. Mas até hoje, muito torcedor acredita que no Rio de Janeiro somente o Flamengo tem título mundial.
A farsa era falha, mas eficiente naqueles anos. Hoje, com a Internet, salta aos olhos a verdade. A mentira era mantida facilmente antes, pois não havia quem pudesse provar o passado. Alguém guardaria jornais e mais jornais para ler depois se tivesse alguma dúvida? Claro que não. Aceitar o que vinha da Imprensa era o que restava. E ela sabia exatamente disso. Foi a cobertura perfeita. Estavam protegidos enquanto mentiam. Mas não imaginavam que um dia a informação pudesse estar presente sempre. Hoje, até na palpa de nossas mãos.
A Globo não é a dona do Futebol
Então a cobertura acabou. A verdade é latente agora. Mas resta ao torcedor deixar de ser preguiçoso e raciocinar. Sair da mesmice e do comodismo de apenas repetir o que ouve ou lê ainda nas notícias originárias da mesma Imprensa dos anos 80, pois ela ainda sabe exatamente onde pode se agarrar em seu fio de esperança de permanecer escondendo toda a mentira que criou décadas atrás: O torcedor passivo. O torcedor que realmente ama seu time sabe que a Globo não é dona do Futebol.
Mas a tendência é mudar. A informação na Internet é o caminho natural das coisas, que embora
também tenha a mesma FlaPress daqueles anos, ainda presente e forte, temos muitas outras mídias e canais, inclusive criadas pela própria torcida, para fugir da Imprensa tradicional. Esses novos canais ou estarão confrontando a FlaPress, ou para poder se sobressair e evidenciar seus times, ou por serem gerenciadas por pessoas que já não aguentam mais a Imprensa como ela é hoje, justamente porque já sabem da sua existência e do que ela é capaz.
A casa fatalmente vai cair para a FlaPress.