Data da publicação: sábado, 14 de novembro de 2015
Postado por Aqipossa Informativo
A Central de Produções trabalha…
Se todo mundo fosse certo com a Central, quer dizer, se fizessem parte dela, nada disso tinha acontecido. Esse descuido pode custar caro, e é provável que custe. A não ser que a Central de Produções trabalhe. Produza algo, urgente. Esconder? Já não dá. Foi parar no Youtube e nas demais redes sociais. Já era… O negócio agora é fingir que não houve nada, ou seja, fazer o que geralmente a Central faz quando algum segredo escapa.
- Pelamordedeus!! Não me diga isso!!
- Ah, digo! E foi ao vivo. Pegaram na hora. Os tricolores não deixaram passar. Foi imediato!
- Puta merda. Isso vai dar trabalho.
- Já deu! Mandaram desviar o assunto. “Mudar de papo”, que nem ele disse.
- Quem?
- Pinto, pô! Quem mais?
- Já é. Daqui a pouco te mostro.
E eles gostam de receber certas ordens. Mesmos aquelas que se não cumprir é rua. RUA!! Dizem que é o que mais vale depois do salário. Certas coisas não caem nas mãos de estagiários. Eles ainda não tem a malícia das coisas.
- Mas o que que houve pra tanta algazarra?
Perguntava o mais novo empregado, recém formado em jornalismo. Começou bem antes em outra empresa como estagiário mesmo e chegou na Central na mesma condição, mesmo já tendo o diploma. Era regra. Pelo menos 6 meses assim, depois mais 6 meses fazendo matérias que primeiro passariam pelas mãos dos superiores. Se fossem boas, eles assinavam como deles. Se não, arquivava. Um ano depois, podiam assinar suas próprias matérias.
- Foi a rival que fez merda.
- O que aconteceu?
- A ESPN quis dar uma de malandra e correu na frente pra transmitir o debate dos candidatos à presidente do Flamengo. Quem tinha que fazer isso era a gente. Daí, fizeram ao vivo e não puderam evitar a merda. Se fosse a gente, no mínimo ia ter uma conversinha com cada um deles antes e deixar claro que certos assuntos não se fala na TV, mesmo que um tenha raiva do outro, mas não pode jogar na cara.
- Mas o que que foi de verdade?
- O Cacau Cotta foi dizer pro Wallim que a Portuguesa salvou o Flamengo em 2013 com o Héverton, cara!
- Que mané… Todo mundo sabe que foi o Fluminense. Como é que ele ainda quer ser presidente do Mengão?
- Ih… Que isso?? Tu é novo mesmo, né? O Cotta falou a verdade, mesmo. Essa história de Fluminense é coisa nossa. A gente tinha que esconder e encobrir o Flamengo.
- Você tá me dizendo que foi o Flamengo quem pagou a Portuguesa pra escalar o Héverton e se rebaixar no lugar dele?
- Mais ou menos… Não foi o Flamengo. Foi a gente. E podia o Mengão ser rebaixado justamente num ano de Copa do Mundo no país?!?! E as centenas de milhões investidos na marca do Flamengo? Ia perder isso caindo pra Série B?!
- Caralho!! Faz sentido.
De volta ao “mudar de papo”, a solução mais rápida vai ser a que vai prestar.
- Aê! Saca só. Vamos manter a cabeça dos flamenguistas ocupadas com outra coisa, certo? Eu andei buscando umas papeladas na minha gaveta, que veio a calhar. Eu tava guardando pra um dia como esses.
- E o que é? Vai dizer que o Flamengo vai se interessar por Messi, ou CR7?
- Não… Nada disso. Isso talvez no início do brasileirão do ano que vem.
- Então é um novo cracaço? Um jogador que a gente vai dizer que pode ser um nivo Zico?
- Não, novo Zico o Pinto mandou dar um tempo.
- Então, o que é?
- Uai! Orgulho, ora!
- Orgulho é bom! Como não pensei nisso? E vai ser o que? Vai dizer que o Bandeira tá conversando com alguém que quer comprar o Maracanã pro Mengão?
- Não… Essa matéria é do Zan pro fim do ano.
- Então, desisto. Conta, aí.
- Gols! Eu tava com uma lista com uns gols aí, do passado… Vou dizer que foi a própria torcida que elegeu os gols e falar sobre eles.
- E quem escolheu esses gols? Não foi a torcida. A gente nem fez pesquisa…
- Não foi sim. Foi a torcida do Flamengo aqui da Central, ora.
- Ah, então tá bom. É a gente mesmo. Manda lá. Manda fazer. Nem quero ler. Estamos com pressa.
- Ih… Não sabe o que está perdendo. Ainda vou usar essa matéria pra continuar dizendo que o gol do Rondineli foi na final do Carioca de 78, só pra zoar os vascaínos.
- Ué! Mas foi na final da Taça Rio. Era só um turno.
- Mas quem lembra disso? A gente escreve a história do jeito que a gente quer que eles lembrem.
- Êêêê… Pareceu até com o falecido falando.
- Que o Dr. descanse em paz.
