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Data da publicação: quarta-feira, 22 de junho de 2011
Postado por Aqipossa Informativo

Rede Record - Cartolas: Jogo sujo - Sexta parte


Reportagem 6 – Quinta feira 17 de Junho

Blatter distribui R$ 1,2 bilhão para se perpetuar na Fifa.


Investigação da Justiça suíça pode escancarar corrupção na entidade.

A poderosa Fifa está abalada por acusações de corrupção. Dirigentes teriam recebido propina nas eleições para sedes da Copa do Mundo de 2018 e 2022.

O escândalo pode respingar até no presidente da entidade, Joseph Blatter, que seria conivente com as negociatas. Eleito no início do mês para seu quarto mandato, o suíço usa o poder financeiro do órgão para se perpetuar no poder.

Nos últimos quatro anos, a Fifa declara ter dado US$ 794 milhões (R$ 1,2 bilhão) para as federações nacionais ou projetos ligados a elas. E, neste mandato, Blatter promete distribuir quase R$ 1,6 bilhão.

O jornalista suíço de origem angolana Jean-François Tanda luta na Justiça para ter acesso a documentos que provam que os brasileiros João Havelange, ex-presidente da Fifa, e seu ex-genro Ricardo Teixeira, presidente da CBF ,pagaram multa de R$ 10 milhões para se livrar de processo na Justiça suíça por recebimento de propina. Em troca, os nomes dos dois dirigentes teriam sido mantidos em sigilo.

Segundo Tanda, "esse tipo de acordo só é possível quando as partes concordam que fizeram algo que pode ser investigado criminalmente." na prática, equivale a uma confissão de culpa.
A investigação durou cinco anos. Tudo começou com denúncias sobre propinas pagas pela empresa ISL, que negociava contratos de marketing para a Fifa. O Ministério Público suíço concluiu que, para obter vantagens, a agência dava dinheiro a dirigentes de futebol. Os pagamentos chegaram a R$ 260 milhões.

De 1989 a 1999, os pagamentos foram feitos a empresas sediadas no paraíso fiscal de Liechtenstein, de onde o dinheiro era repassado para os cartolas.

Em maio, a BBC revelou quem são os dois "anônimos" da investigação: João Havelange e seu ex-genro Ricardo Teixeira. Tanda confirma a informação.

- Em poucos anos, Teixeira ganhou quase US$ 10 milhões, sem fazer nada. Apenas por estar na cadeira certa.

Nos documentos do caso, os envolvidos são tratados por codinomes. A Fifa é B1. Os investigados são tratados por B2 E B3.

Um advogado revela que B3 seria Havelange. Ele declara que o cliente não pode ter o nome revelado porque já não exerce funções na Fifa. Além disso, a repercussão na mídia poderia prejudicar sua frágil saúde. O perfil que se encaixa no ex-presidente da Fifa, de 95 anos.

A ação que pede a liberação do relatório está sendo julgada na corte de Zug (Suíça). A pequena cidade, próxima de Zurique, é também o lugar onde a investigação começou. Lá, ficava a sede da ISL, hoje transformada na Infront, outra companhia de marketing esportivo associada à Fifa.

Depois que Tanda entrou com a ação, empresas de comunicação da Suíça, a BBC e o jornal The New York Times também requisitaram a divulgação do relatório.

A Justiça já deu ganho de causa a ele duas vezes, mas os advogados da Fifa sempre entram com recursos para não liberar as informações.

É muito provável que, nessa sequência de recursos, o caso saia de Zug e vá para a corte federal da Suíça, em Lausanne. Lá, já existe um precedente que favorece a divulgação do processo da Fifa.

Segundo Tanda, em outubro do ano passado, a instância mais alta da Justiça do país liberou o conteúdo de outro inquérito, contra um ex-chefe do Exército suíço, que também havia feito um acordo de sigilo.

A decisão deste caso pode vir a público no final do ano que vem, dois anos antes da Copa do Mundo no Brasil, organizada por um dos investigados, Ricardo Teixeira. É a acusação mais séria que enfrenta o presidente da CBF também alvo de outras denúncias.

Na definição das sedes das Copas 2018 e 2022, ele foi acusado pelo ex-presidente da Associação Inglesa de Futebol, David Triesman, de tentar vender o voto. O comitê de ética da Fifa decidiu não abrir investigação por falta de provas.

O cartola também foi denunciado por um jornal da Noruega de ter se reunido com um cambista para participar de um esquema de venda de ingressos na Copa da Àfrica do Sul, em 2010.

Para João Havelange, os problemas já começaram. O Comitê Olímpico Internacional vai abrir uma investigação sobre o brasileiro, que pode até ser expulso da entidade.

O suíço Joseph Blatter, que acaba de ser reeleito para o quarto mandato à frente da Fifa também pode se complicar. No período em que as propinas foram pagas, Blatter chefiava a entidade, como secretário-geral ou como presidente.

O dinheiro faz diferença. Blatter conquista a fidelidade dos presidentes das federações. E são eles que aprovam as contas e elegem o chefão da Fifa. Cada federação conta um voto.

No dia 1º de junho, Joseph Blatter se reelegeu com o apoio de 90% dos votantes.

Blatter inicia seu quarto mandato pressionado pelos patrocinadores a limpar a casa. O curioso, segundo jornalistas especializados nos bastidores da Fifa, é que o próprio dirigente pode ser vítima dessa limpeza.

Para Jean-François Tanda, a divulgação da investigação vai desmascarar o dirigente.

- Blatter sempre diz que há transparência na Fifa, mas bota seus advogados para bloquear a publicação. Diz que nunca houve condenação contra a entidade, mas não revela que a Fifa pagou para não ser condenada.

Se os reinados de Joseph Blatter, Ricardo Teixeira e João Havelange estão com os dias contados, o tempo e a Justiça da Suíça têm a resposta.

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