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Data da publicação: quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Postado por Aqipossa Informativo

Fundação


Extraído de http://www.semprevasco.com.br

A idéia

O remo era o esporte que mais atraia a juventude no final do século 19. Os clubes para a pratica dessa atividade desportiva, também chamado de rowing na época, eram fundados por homens de uma sociedade que se transformava, mais arejada, de um Rio de Janeiro que já prenunciava a modernidade física que estava por vir. A cidade que sempre favoreceu a prática de esportes estava começando a descobrir isso e uma baia de Guanabara limpa e aprazível era um convite a colocar as baleeiras no mar.

Era o que fazia quatro jovens cariocas - Henrique M. Ferreira Monteiro, Luiz Antônio Rodrigues, José Alexandre D’avellar Rodrigues e Manoel Teixeira de Sousa Junior -, porém para remar eles tinham que ir até ao Gragotá de Niterói, do outro lado da Baía de Guanabara. Surgiu então entre eles a idéia da criação de um clube próximo do lugar que residiam e trabalhavam.

Logo eles começaram a se movimentar, conseguindo alguns simpatizantes. José Lopes de Freitas e José Candido de Freitas foram dois dos primeiros, eles que seriam a principal força motriz por trás do remo vascaíno no seu começo. Reuniões são feitas na casa de um dos idealizadores e as discussões sobre a fundação começam. Está pra nascer um novo clube de remo que se transformaria no maior do Brasil.

O nome

A maioria daqueles que fundariam aquele clube eram naturais de Portugal e justamente naquele ano se comemorava os 400 anos do grande feito do navegador luso Vasco da Gama, que representando o sonho e o ideal de uma nação, chegou as Índias em 1498 e levou Portugal a uma era de prosperidade sem precedentes na sua história.

Portanto era natural que o nome do grande almirante, o maior deles, estivesse na alma daqueles pioneiros. Os nomes Santa Cruz e Álvares Cabral também foram sugeridos, mas não tiveram a mínima chance.

O movimento cresce

Comentários sobre aquelas reuniões se espalham e vão aos ouvidos de Francisco Gonçalvez do Couto Junior, de família dona de lojas e armazéns comerciais. Ele e seus quatro irmãos simpatizam com a idéia. Esse futuro clube ganha força: Francisco Couto é proprietário de barcos de remo e tem certo prestígio na sociedade carioca.

Outro fator que empolgava os fundadores era o projeto da federação de remo da época, a União de Regatas, que planejava grandes eventos na Enseada de Botafogo, era o início do Campeonato Estadual de remo. Esse clube que vai ser fundado, no futuro seria o maior vencedor dessa competição.

O dia da fundação

Então, em um domingo - dia por excelência das regatas -, 21 de agosto de 1898, 62 daqueles fundadores se reuniram no prédio da Sociedade Dramática Particular Filhos de Talma para a eleição da primeira diretoria e fundação do Club de Regatas Vasco da Gama, que se transformaria em um colosso capaz de mobilizar dezenas de milhões de pessoas e cuja fama alcança os quatro cantos da Terra.

Como se vê na Ata de Fundação, a diretoria eleita não foi empossada no mesmo dia porque alguns dos eleitos não estavam presentes naquela reunião. A posse só ocorreu uma semana depois na sede do Clube Dançante Recreativo Arcas Comercial, o mesmo local utilizado para a reunião preparatória que antecedeu a eleição.

Há de se destacar também que nesta Assembléia Geral, por proposta de José de Freitas, ficou-se decidido que sob nenhum motivo o Club de Regatas Vasco da Gama mudaria de nome ou de cores. Esse mesmo pioneiro vascaíno, tão importante nos primeiros anos do clube, foi responsável por ouvir as sugestões dos associados e apresentar os projetos dos primeiros símbolos: o uniforme, a bandeira e a flâmula.

A Filiação 

Estando o clube fundado e instalado, o próximo passo para disputar o campeonato de remo era a filiação na União de Regatas, e assim foi feito em 7 de novembro de 1898 através de um ofício que contava com a descrição dos primeiros barcos vascaínos; mas, em termos de história, tão importante quanto a filiação em si é que esta lista enviada a União continha os primeiros sócios do Vasco. É a única conhecida que contém todos aqueles que tomaram parte da construção do Vasco no seu início.

Com sua situação regularizada junto a União de Regatas, o Vasco pode enfim se inscrever na primeira competição de sua história, realizada em 13 de novembro de 1898. Disputou dois páreos com a "Volúvel e a "Vaidosa", não ganhou nenhum. Mas a primeira vitória não demoraria a vir. Antes do ano acabar, o Vasco encontra tempo para se mudar para a Ilha das Moças, a segunda sede do clube. Abaixo a Inscrição das duas baleerias que correram os páreos.

Nova eleição e a primeira vitória

Tendo seu primeiro mandato encerrado, Francisco Gonçalves Couto é reeleito.

As atribulações com a sede eram muitas, mas o espírito guerreiro do vascaíno não deixou a moral baixar.  E na segunda regata do campeonato de 1899, quatro de junho, aconteceu o que todos ansiavam: a primeira vitória vascaína em uma competição. Mesmo não participando do campeonato*, o Vasco venceu o primeiro páreo da regata com a “Volúvel” e sua guarnição entrou para a história como os primeiros campeões vascaínos. Foram eles: Adriano Vieira (timoneiro), José Lopes de Freitas, Joaquim de Oliveira Campos, José Cunha, Antonio Frazão Salgueiro, J.P Breda de Melo e Carlos José Baptista Rodrigues.

A dissidência de 1899

Dada a precariedade da Ilha das Moças, o Vasco teria que mudar de sede se quisesse alcançar vôos mais altos. E nas discussões sobre onde seria esse local dois grupos entraram em conflito. O grupo do presidente Francisco Couto queria que fosse em Botafogo, ao passo que o grupo de José Lopes de Freitas dizia que Botafogo ficava muito distante do Centro, local que os remadores residiam e trabalhavam, e queria a nova sede neste bairro, mais especificamente no Boqueirão do Passeio.

Postas as propostas em votação, o grupo que defendia a sede no Centro venceu por esmagadora maioria. Surpreendentemente, Francisco Couto, tendo a sua proposta derrotada, renunciou a presidência do clube com toda a sua diretoria. Como era vontade dos sócios, o clube aluga um barracão na Travessa do Maia, Centro do Rio, e lá são concedidos os primeiros títulos de beneméritos do Vasco, os agraciados - João Cândido de Freitas e Joaquim Santos - tiveram atuação destacada nesse delicado processo pós-dissidência.

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