Data da publicação: quarta-feira, 16 de junho de 2010
Postado por Aqipossa Informativo
Danilo Alvim
Danilo Alvim nasceu em 03 de Dezembro de 1920 no Rio de Janeiro e foi um exemplo de perseverança, determinação e amor ao futebol. Em 1940, com apenas 19 anos, quebrou a perna em 39 lugares após ter sido atropelado por um automóvel. Contrariando todas as expectativas, voltou a jogar em 1942, e um ano depois foi contratado pelo Vasco junto ao América, por 90 contos de luvas e 2 contos de sálario.
Nessa época foi apelidado de Príncipe por sua classe e habilidade, além de ser alto, esguio e elegante. Pelo Vasco, foi várias vezes campeão carioca, em 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952, além de conquistar o título sul-americano de 1948 no Chile. Pela Seleção Brasileira jogou a Copa de 50. Na final, com a inesperada derrota para o Uruguai, Danilo saiu chorando do Maracanã, amparado pelo locutor Jaime Moreira, momento registrado em uma das mais famosas fotos do “Maracanazzo”.
Em 1953, transferiu-se para o Botafogo e em 56, de passe livre, assinou com o Uberaba, acumulando as funções de jogador e técnico. Reza a lenda que, no ano seguinte, quando Danilo Alvim queria ser só treinador, o Santos foi jogar um amistoso em Uberaba. O então bicampeão paulista tinha nada mais, nada menos, que Jair Rosa Pinto na meia-esquerda. Mas em campo, de maneira surpreendente, o Colorado findou a primeira etapa empatado com o time da baixada santista. Então, durante o intervalo, no vestiário, antes das instruções, Alvim calçou as chuteiras e disse: “Vou fazer esse segundo tempo”.
Foi, fez e ajudou o Colorado a vencer. No final, parabenizado por Jair, teria dito ao ex-companheiro de seleções e do Vasco que aquela fora a sua última partida como jogador profissional. Em 57, convenceu Zizinho, o Mestre Ziza, outro dos grandes jogadores da história do futebol brasileiro, a jogar no Uberaba.
Como treinador levou a Bolívia ao seu único título sul americano, em 1963. Segundo o ex-zagueiro Pavão, que foi treinado por Danilo no Uberaba no final dos anos 50, o “Príncipe” contou que havia perdido praticamente tudo o que havia ganho como grande jogador que foi e que só restava uma casa no Rio de Janeiro em seu nome. Pediu para que não jogassem dinheiro pela janela e evitassem desperdícios.
Infelizmente, as suas lições não o livraram de um destino triste, pois findou os dias em um asilo de velhos no Rio de Janeiro, onde morreu de pneumonia em 16 de maio de 1996.
Essa e outras histórias do Vasco, você encontra em http://sovascodagama.blogspot.com