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Data da publicação: quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Postado por Dannyele Brandão

Memórias atuais - 2: O meio, o início e o lamento


E aí, povo? Como estão vocês?

Depois de longa ausência, volto com um post mais longo ainda. (Haha)



1ª parte. Nas ondas.


Zé do Rádio RULES!
Você, amigo torcedor de outra bandeira, com toda a certeza já viveu sensações extremas através da 'latinha' - principalmente se tiver mais de 30 anos. Extremas sim, pois superam a tela fria da TV, quase se igualando à presença física no estádio. A mente, ao menos durante os 90 minutos, se transporta para dentro do gramado, desenhando todos os lances.

... Fica sempre no ar o clima do rádio que não morre, porque ele teima em resistir e se integra a outros meios. A arte de criar o show do esporte - isso mesmo, aquele brilho que havia nas transmissões de partidas e nas mesas-redondas - é que está morrendo, por escolha das emissoras. "O glamour do rádio", isso aí. Transformar um simples jogo em um espetáculo, hoje, é conseguido por poucos. 

O dial merece respeito e o torcedor também.

A evolução é necessária, porém trazer um pouco do passado é o que impede que se abandone o gosto pelo rádio esportivo. Parece até afrontoso da minha parte dizer tais palavras, já que não vivi a longa Era de Ouro de Jorge Curi, Waldyr Amaral, Doalcei Bueno de Camargo, João Saldanha, entre tantos outros... mas foi através desse meio que conheci e aprendi a gostar de futebol, antes mesmo das primeiras partidas que acompanhei pela TV. (Isso é conversa para daqui a pouco.)

A surpresa ainda é a mesma quando se conhece as caras que são donas das vozes... Narrar jogos vai muito além de ter uma voz bonita. Se fosse por esse detalhe, todos os profissionais da voz fariam o trabalho, não é? Mas o narrador tem um dom especial: o de passar o sentimento através da frequência. Isso faz a diferença.

Um grande ídolo meu diz que rádio é emoção e sensibilidade. Eu acrescento a palavra "imaginação", e assim se forma um trio perfeito. 




2ª parte. Ufanar...


do dicionário Michaelis (Ed. Melhoramentos):

ufanismo 
u.fa.nis.mo 
sm (ufano+ismo) Espécie de otimismo nacionalista.

-x-

Apesar de tudo, por que não me ufano da minha imprensa esportiva?

Eu sei que há ótimos profissionais, daqueles que amam seu trabalho e honram os benditos quatro anos que passaram nos bancos da faculdade, e até os que não cursaram Jornalismo mas fazem beeem melhor que muitos graduados. O problema - que pode ser transformado em solução - é que é bem mais fácil reparar nos que não valem nada.

Leia aqui e compreenda.

O meu objetivo, assim como o de Mauro e de tantos outros, sejam visitantes que nos apoiam (óbvio), colaboradores e parceiros, não é apenas ser ufanista - clubisticamente falando. Não somos cegos! Sabemos muito bem a causa que abraçamos e defendemos. Temos argumentos firmes; só não enxerga quem não quer.

E, claro, não forçamos ninguém a aderir também à nossa causa... muito ao contrário da banda podre da mídia (pare de negar que ela existe!), que impõe às pessoas verdades distorcidas, a começar pela forma como nossos times são tratados em relação "àqueles dois" que você sabe quais são.

Pense bem nisso. 



3ª parte. Razões emocionais.


Eu não deveria escrever "desabafos", sei disso... Mas é a única forma que me cabe, pois não consigo ser impessoal.

Acho que todos – nós que gostamos de futebol, é evidente – já nascemos torcedores de algum time. Talvez só descubramos isso depois de uma certa idade, e é provável que vistamos outros mantos (ou até mesmo um daqueles dois panos de chão, afinal todos cometemos erros) até encontrar o certo. 

Das várias lembranças que tenho da minha infância esportiva, me vêm à mente a torcida do Vasco gritando "Ah! Eu tô maluco!", ver pela TV os estádios lotados de bandeirões e alegria e as vinhetas das jornadas da Itatiaia, da Rádio Globo e da Jovem Pan. Isso me balança a alma, mesmo depois de tanto tempo, e faz com que, de algum jeito, eu me sinta outra vez como aquela criança que não conhecia nem entendia muito os narradores das rádios, mas se identificava com o trabalho deles. Algo um tanto mágico.

Eu tinha cerca de quatro anos de idade na época e comecei a acompanhar futebol meio desinteressada, por causa do velho chavão preconceituoso. Primeiro veio o rádio, meio poderoso que chega a lugares onde a tela não brilha... Depois, lá estava eu, com os olhos vidrados na televisão, atenta a todos os lances. Essa foi a tentativa mais difícil que fiz de me aproximar do meu pai. Eu queria ter um simples assunto para conversar com ele.

Muitos pais não sabem a sorte de terem uma paixão em comum com os filhos, mesmo que as camisas vestidas sejam diferentes em tudo. 

Tentei ser atleticana como ele... Não adiantou. As razões eram outras. O único laço que talvez poderia nos unir ajudou a nos separar ainda mais, pois o esporte ocupou em meu coração um lugar que meu pai nunca quis ter.

Paciência.

-x-

Demorei muito tempo para pisar em um estádio - já com 20 anos, em agosto do ano passado, e justamente no Serra Dourada, que sempre quis conhecer. Hoje, sinto um tremendo vazio por não poder fazer isso com frequência... Não sei se você, que está lendo, entende. Se pode ir aos jogos sempre, faça-o, por mais difícil que seja enfrentar o resultado, e ele nem sempre será bom. É a sua paixão que está lá, embora representada por pessoas que não sabem o que ela significa para você. 

Seu clube do coração é uma tradição de família? É um sacrifício que um dia você fez por alguém, mas que passou a assumir um lugar importante em sua vida (até mais importante que esse "alguém")? É uma descoberta após se incomodar com a dor ou se sentir contente com a alegria alheia?

Então você compreende perfeitamente.

Vocês estão unidos por forças bem maiores que uma vitória ou uma derrota.



Notas extras:
* Eu não ia dizer nada sobre a punição sofrida pelo Grêmio FBPA graças à conduta racista de alguns "torcedores" - será que são mesmo? - em relação ao Aranha, na partida contra o Santos (válida pela copa do Brasil, em 27/08) ... Porém, não consegui ficar alheia ao fato.

Essas são as pessoas que dizem amar o clube, mas cometem um ato nojento e antiético, fazendo com que o alvo de seu "amor" seja excluído da Copa do Brasil?

Que diabo de amor é esse?

Essas pessoas querem mais é f*der o Grêmio, porque pelo visto não amam nem a si mesmas... Assim como também não têm amor-próprio os pseudotorcedores do Fluminense que foram ao aeroporto só para agredir e ofender a equipe após a derrota para a Chapecoense. Sinceramente... Já perdi a conta da quantidade de vergonha alheia que sinto disso tudo.


* Não tenho nada a declarar sobre a Sul-Americana. Que se lasque... Os dois pássaros voaram, e para bem longe! Eu já esperava por isso. Mas, se for feita a contagem regressiva para a saída de Cristóvão, eu vou começar a duvidar seriamente da hombridade (pegue o dicionário) da diretoria do Fluminense.


* Na boa... Ouvir o meu locutor preferido dizer que o Flamerda tem um pacto com a vitória doeu mais que esmurrar uma parede. Porém não na mão, e sim no coração - órgão que já me arrependi inúmeras vezes de possuir.

O rádio é sempre o causador do meu lamento...

Por hoje, é só isso tudo (Rsss)

Até breve! 

Saudações Tricolores!





DNL




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