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Data da publicação: segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Postado por Aloisio

Voando para a Glória



Tricolores de sangue grená, quem vai parar esse Flu? Que jogou como campeão. Que ganhou como campeão. Que tem cara de campeão. É difícil ser um rival nessas horas em que o Fluminense está fazendo história. Temos 68 pontos em 30 rodadas. Isso é muita coisa, galera. Os mulambos precisaram de 38 rodadas em 2009 pra fazer 67 pontos, e foram campeões porque ganhamos do Palmeiras, do Atlético-MG, do Cruzeiro e empatamos com o Inter. Hoje podemos bater um recorde nos pontos corridos, e até com alguma facilidade. São vinte vitórias, o mesmo número de quando conquistamos nosso tricampeonato, há dois anos. A diferença é que não empatamos tanto, nem perdemos tanto, e ainda restam oito jogos. Sim, oito jogos, 24 pontos em disputa. Mas vamos ao jogo.

Logo no começo do jogo, um baque. O atacante pontepretano Luan fez um gol de cinema, o qual provavelmente nunca mais voltará a fazer. É a nossa sina. Sofremos gols inacreditáveis de tempos em tempos de jogadores limitados. Não sei se a defesa vacilou, mas acho difícil que qualquer um previsse que o rapaz iria tentar aquele chute e, ainda por cima, que iria acertar o alvo com tamanha precisão. Méritos dele. Ponte Preta 1 x 0. Só que, a partir desse momento, os caras começaram com um antijogo ridículo. A cera foi absolutamente irritante e desnecessária. O Fluminense partiu pra cima com tudo, e só cedeu duas oportunidades de contra-ataque claras para o adversário, que não aproveitou. O primeiro tempo terminou e o Flu era só ataque, infelizmente concluindo pouco, e desperdiçando algumas chances. A arbitragem não viu pênalti claro em Fred e tudo ficou como antes. No segundo tempo, o dedo do técnico Abel Braga começou a agir. Ele sacou Rafael Sóbis, que estava mal, para colocar Marcos Jr. E o moleque infernizou. Numa das jogadas dele, dois adversários o prenderam no chão, impedindo-o de progredir, e isso dentro da área. Pênalti? Não para o árbitro, que nada marcou. O jogo ganhou dramaticidade. O Fluminense era todo ataque, e a Ponte Preta, toda defesa. Pecávamos quase sempre no último passe, em virtude das agudas jogadas de Carlinhos nunca terminarem da forma como gostaríamos. Ainda assim, tivemos algumas chances, na quais o frangueiro Édson Bastos (aquele mesmo da final da Copa do Brasil de 2011) resolveu fechar o gol e defender. Todo goleiro contra a gente parece um Taffarel mesmo. Estou começando a me convencer disso. Abel viu que precisávamos ousar mais e tirou Edinho, que no primeiro tempo sofreu com uma pancada e mancou durante algum tempo, para colocar Higor. Ele também sacou Carlinhos, colocando Samuel. E, assim, o Flu partiu para o abafa. Só que o Fluminense no abafa não é um time qualquer. Ele sabe o que quer e parte pra cima com consciência. Com a saída do lateral esquerdo, Wagner passou a ser ala, e ganhamos em ofensividade. O gol era questão de tempo. Aí...

Aí, meus amigos, aconteceu um lance cujas opiniões divergem, e eu as respeito, mas que gerou, mais uma vez, um choro inexplicável da mídia. É um porre toda rodada ter que ficar desmistificando os supostos “erros de arbitragem” a nosso favor. Por gentileza, revejam o lance do pênalti sob outro prisma e verão que eu tenho razão. A partir de 1:25 do vídeo, por favor.


Pênalti polêmico foi legal


Vejam que o braço esquerdo de Luan está aberto, e o direito, fechado. A bola bate antes em seu quadril e, só então, resvala no braço. Se ele quisesse, daria tempo de tirar o braço para que a bola não batesse, mas ele deixa o braço para que a bola não escape. Assim, a meu ver, pelo menos, ele assumiu um risco, e o pênalti não foi mal marcado, vez que alterou a trajetória da bola. Fred pegou a bola e, com a frieza costumeira, voltou a ser o artilheiro do campeonato, com 15 gols. 1 a 1. Aí, o Flu partiu para a pressão final, que durou até os 44 do segundo tempo, quando Marcos Jr. foi derrubado pelo zagueiro da Ponte Preta, sofrendo falta próxima à área. Sim, meus amigos, FOI FALTA. No início, achei que foi mal marcada e invertida, mas vejam aqui que Marcos Jr. é claramente tocado no joelho, e o braço esquerdo do defensor da Ponte empurra-o para o chão. Para não cair, Marcos Jr. segura a camisa do zagueiro, mas só o faz DEPOIS que sofre a falta. Veja aqui:



Logo, o lance todo foi legal, assim como o gol de Gum, que voou para vencer Édson Bastos após a bola ser levantada para a área. 2 a 1. E, assim, o Fluminense gastou os cinco minutos de acréscimo tocando a bola, fazendo o tempo passar com inteligência, sem afobação. Mais uma vitória incontestável do Time de Guerreiros, que foi muito superior ao adversário e, com polêmica ou não, mereceu vencer. O chororô da mídia continua, mas sabemos que isso continuará até o fim. Eles não suportam a idéia de o Fluminense ganhar dois campeonatos em três anos e ser o mais vitorioso time do Rio na era dos pontos corridos. Eles querem, de qualquer maneira, macular a nossa imagem e o nosso mérito, mas não vão conseguir. Agora restam apenas 8 rodadas, meus amigos. E, para o título certo, 5 vitórias, já que o Grêmio pastelou e deixou o Botafogo empatar no fim. Com os resultados da rodada, mantivemos os nove pontos para o segundo colocado, que passou a ser o Atlético-MG, ao vencer o Sport na bacia das almas em jogo também com arbitragem polêmica, por 2 a 1, no Independência, e abrimos 11 pontos para o Grêmio, terceiro colocado e último time no G3. Como o São Paulo agora é o último do G4, abrimos 16 pontos para a zona da Libertadores, e só com uma hecatombe não vamos disputá-la ano que vem. Agora virão as duas “decisões”, contra Grêmio e Atlético-MG. Se vencermos as duas partidas, vamos a 74 pontos, e o Atlético ficaria, no máximo, com 62, isso faltando 6 rodadas. Aí, meus caros, já poderemos abrir o champanhe. Será praticamente impossível nos tirar o tetra.


● Verde da Esperança

- Gum Guerreiro! Gum Guerreiro! Ele tem tudo pra entrar pra história do Flu.
- Digão também não deu moleza. Cavalieri foi mero expectador nesse jogo.
- Jean, Wagner e Higor estiveram muito bem quando jogaram juntos.
- Mais um gol do Fred. Só falta um para o centésimo!
- Abel, mandou bem com as substituições. Ousou como um líder, ousou como um campeão.


● Branco da Paz

- A torcida do Flu é incrível mesmo, cara... consegue fazer tremer até cabine de rádio de um estádio que não é nosso!
- Wellington Nem ficará de fora, mas não vejo isso como algo ruim. Acho que ele está precisando mesmo de um descanso.
- A arbitragem foi ruim, mas, como eu disse, nada que justificasse o alarde insano da mídia.
- Todos ao Engenhão. A primeira final é quarta-feira contra o Grêmio! Tem que lotar!


● Grená do Vigor

- Valeu Bruno... toda a minha esperança de que você engrenasse morreu! Diretoria, precisamos de lateral-direito pro ano que vem!
- Carlinhos, a Seleção te fez mal, amigo. Acho que você precisa passar uma temporada no Santo André. Diretoria, precisamos de lateral-esquerdo pro ano que vem!
- Edinho esteve mal, em que pese ter sido um leão. Tem dias que nada dá certo.
- Sóbis, o Abel só te mete em furada, né cara? Ele ainda não conseguiu achar uma posição em que você renda plenamente.


Faltam 8 rodadas pra gritar “É campeão”! Acredita, Fluzão!



Sobre o autor: Aloisio Soares Senra é professor de Inglês do Município do Rio de Janeiro desde 2011, e torcedor do Fluminense desde sempre. Casado, é carioca da gema, escritor, jogador de RPG, entre outras atividades intelectuais.

Esta coluna foi publicada originalmente no dia 15/10/2012, no blog do Projeto Arena:

http://arenafluminense.blogspot.com.br/2012/10/voando-para-gloria-tradicao-em-verde.html


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