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Data da publicação: segunda-feira, 2 de abril de 2012
Postado por Aqipossa Informativo

Todos estão vendo: O futebol está morrendo


 Em Não entendo no site fluminenseetc.com.br, só não vê quem não quer... (dica de P. P. P.)

Definitivamente, não entendo porque as autoridades do futebol não fazem questão de estádios cheios, vibrantes, de acordo com a centenária tradição do futebol brasileiro – e espichamos muito nestes termos justamente quando o Brasil perdeu a Copa de 1950 para, mais tarde, se tornar o grande campeão de 1958. Parece que a presença de público causa calafrios em quem comanda os rumos do futebol. Os primeiros a defenderem ingressos mais caros e menos público no estádio foram Eduardo “Caixa D’água” Vianna (que, eu espero, esteja descansando sem paz) e Eurico Miranda – com tal pedigree, a idéia não poderia ser das melhores, mas acabou vingando

Também não entendo porque, há cerca de 30 ou 40 anos, todos os jogos tinham preliminares e isso não estragava a grama como agora. Ou seja, a tecnologia evoluiu e a ciência do gramado involuiu. É  de se desconfiar que, por trás disso, esteja outro motivo: não convém revelar ao grande público o talento dos jovens jogadores das divisões de base, o que facilita as transações de direitos federativos. Tudo bem, se esse é o problema, porque não colocar os jogos dos times de menor investimento fazendo as preliminares dos compromissos dos grandes times cariocas? Entretenimento para o público presente, redução de jogos em estádios diferentes e do déficit evidente em jogos com 40 ou 50 expectadores.

Não entendo porque naqueles mesmos 30 ou 40 anos, não era preciso comprar ingressos antecipados: chegava-se mais cedo ao Maracanã, ao Caio Martins ou outro estádio, adquiria-se e pronto. Meu primeiro ingresso antecipado na vida se deu pelo acaso: estréia de Romário no Fla-Flu de 1995, eu passava pelo Teatro João Caetano e comprei. Já tinha 26 anos, passei toda a juventude de sem precisar desse expediente. Hoje, qualquer joguinho de dez mil pessoas, a confusão está formada.

Não entendo como craques do jornalismo esportivo como foram Nelson Rodrigues, João Saldanha, Sandro Moreyra, Achilles Chirol, Ruy Porto e tantos outros acabaram sendo sucedidos por certa cafonália patética que, por falta de talento, implementou o parajornalismo do achômetro e do palpitrômetro. Uma cafonália que trabalha descaradamente a mitomania de um time sobre os demais, sem qualquer compromisso com veracidades e informações relevantes, desprezando o interesse de dezenas de milhões de torcedores.

Não entendo porque o que antigamente era gozar o rival por conta de uma derrota num clássico hoje passou a ser matar o outro, agredir o outro, humilhar o outro – felizmente, o comportamento selvagem ao qual me refiro é praticado por uma minoria.

Não entendo porque os clubes são tão deficitários e, em ano eleitoral, candidatos quase se esfaqueiam pelo cargo de presidente. Não se sabe de ninguém que ameace outrem para ser o herdeiro de uma massa falida. Mas no futebol é exatamente o contrário: quanto mais endividado um clube está, mais interesse ele desperta no jogo político.

Não entendo porque se fala tanto de futebol de resultados e a maior parte dos treinadores que defendem tal paradigma quase não têm resultados relevantes. Inventou-se que é preciso ter volantes que não sabem passar nem driblar, não se pode ter pontas, o lateral tem que ser ala e tudo isso pouco ou nada tem a ver com a qualidade técnica de um time – este, o verdadeiro motivo de encantamento de torcedores em todo o mundo. A Alemanha foi campeã em 1990 com seu futebol-força e ninguém se lembra de sua escalação; a do Brasil de 1970, todo mundo sabe.

Amo futebol demais.

Só isso explica passar por cima de todos os percalços acima. E sempre passo.

Paulo-Roberto Andel

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