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Data da publicação: quinta-feira, 16 de junho de 2011
Postado por Aqipossa Informativo

Rede Record - Cartolas: Jogo sujo - Segunda parte


Reportagem 2 – Segunda feira 13 de Junho

Ricardo Teixeira constrói vasto patrimônio após assumir presidência da CBF

Dirigente é acusado de receber propina por meio de empresa em paraíso fiscal

Mais de 20 anos no poder. Denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, um repertório variado nos tribunais do Brasil e do exterior. Duas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) no currículo. Esse é Ricardo Teixeira, o grande chefe do futebol brasileiro e responsável por organizar a Copa do Mundo de 2014.

O presidente da CBF revela um gosto refinado. Uma casa na praia do canto, em Búzios, no litoral do Rio de Janeiro. Uma mansão de 600 m² num condomínio de Delray Beach, na Flórida (EUA). Ou ainda a propriedade no condomínio fechado de Itanhangá, na zona oeste do Rio.

Para o jornalista Juca Kfouri, que acompanhou a carreira de Teixeira, e contra quem o presidente da CBF move mais de uma centena de ações na Justiça, há algo de estranho nisso.

- Obviamente, o patrimônio dele não é compatível com o quanto ele ganha.

Uma rara aparição pública de Teixeira aconteceu no Pacaembu, no jogo em que o atacante Ronaldo se despediu da seleção, no último dia 7 de junho.

Mas, até agora, ele não respondeu às acusações, feitas em um programa da rede britânica BBC, de que ele e o sogro, João Havelange, teriam recebido propina de R$ 15,1 milhões (US$ 9,5 milhões).

O dinheiro teria sido pago à Sanud, empresa baseada no principado de Liechtenstein, um paraíso fiscal usado para sonegar impostos ou esconder dinheiro sujo.

Quem pagou a propina foi a ISL, empresa de marketing, em troca de vantagens em contratos com a Fifa.

A Sanud, que recebeu a propina, é sócia de Ricardo Teixeira em uma empresa, de nome RLJ, que tem sede em um edifício na avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, mesmo endereço dos escritórios de João Havelange.

Um dos procuradores da Sanud no Brasil é Guilherme Terra Teixeira, irmão de Ricardo Teixeira. E a lista com as datas dos pagamentos de propina revela outras coincidências:

O primeiro milhão de dólares da propina teria sido pago à Sanud no dia 10 de agosto de 1992. No mês seguinte, em 28 de setembro, a Sanud se tornou sócia de Ricardo Teixeira no Brasil. E a nova sociedade passou a injetar dinheiro nos negócios do dirigente. Um deles, a Fazenda que o presidente da CBF comprou logo depois de assumir o cargo.

Em janeiro de 1993, outro investimento em Piraí (RJ). Os vizinhos se lembram. Era uma transportadora, que pelo menos no papel consumiu R$ 1 milhão.

Em outubro de 1994, ao mesmo tempo em que a Sanud continuava recebendo dinheiro de propina no paraíso fiscal, a empresa de Teixeira, sócia dela no Brasil, continuava investindo.

Um documento registrado em um cartório no Rio mostra que, entre 94 e 96, a sociedade entre Sanud e Teixeira investiu R$ 1,8 milhão no restaurante El Turf, no Jóquei Clube do Rio de Janeiro, controlado por Teixeira.O dinheiro também engordou o patrimônio do presidente da CBF.

Em 1996, a sociedade Sanud/Teixeira comprou a mansão onde Ricardo Teixeira mora num dos condomínios mais luxuosos do Rio.

Curiosamente, hoje o presidente da CBF aluga a casa da qual é dono. O contrato foi firmado em 2000. Nele, a RLJ participações, que é de Teixeira, aluga a casa ao presidente da CBF por R$ 7 mil.

Quem representa a empresa é o sobrinho de Teixeira, Nilton Teixeira Crosnac. Mas quem assina o contrato por ele é o filho de Teixeira, Ricardo Teixeira Havelange.

Nilton negou ter participado do negócio.

Quando foi investigado pelo congresso, há mais de dez anos, Ricardo Teixeira disse que ganhou dinheiro no mercado financeiro, negou ter empresas no exterior e afirmou nada saber sobre lavagem de dinheiro.

Atualmente deputado federal, o ex-jogador Romário (PSB-RJ) tem se empenhado em investigar a corrupção no futebol brasileiro.

Fora de campo, existe uma espécie de quadrilha que se aproveita do futebol. E as coisas que acontecem no futebol não são claras.

Agora, como presidente do Comitê Organizador da próxima Copa do Mundo, cabe a Ricardo Teixeira tomar as principais decisões sobre o evento que será realizado no Brasil.

Mas ele vai fazer isso sob suspeita: na Suíça, nos próximos meses, a Justiça vai decidir se divulga ou não os detalhes do acordo pelo qual a Fifa teria devolvido o dinheiro da propina paga a dirigentes da entidade. Uma decisão que pode selar o destino do presidente da CBF.

Juca Kfouri diz que Teixeira não tem condições de ser o manda-chuva da Copa do Mundo de 2014.

- Não se pode ter como presidente do comitê organizador alguém que é réu na Suíça por ter recebido propina.

Procurado, Ricardo Teixeira não quis se defender das denúncias.

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