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Data da publicação: quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Postado por Aqipossa Informativo

A história da Puma - Parte 1


A história do PUMA começa junto com o início da indústria automobilística nacional e com desenvolvimento do esporte motorizado no Brasil, época em que a "Mil Milhas" era a competição mais importante do calendário nacional. As equipes de fábrica da Willys, Simca, FNM e Vemag digladiavam-se em busca dos melhores resultados, que depois traduziam-se em publicidade gratuita. No início dos anos 60, os carros que melhor se saíam nas pistas brasileiras eram os DKW e JK, seguidos pelo Simca Chambord e Dauphine; o desengonçado Aero-Willis era incompatível para uso em competições.

 Willis Interlagos Mark One - Mil Milhas 1967



FNM JK - Mil Milhas


 Renault Dauphine 1093 - Mil Milhas 1965

Diante deste quadro, a Willys decidiu produzir aqui o Interlagos, cópia do Alpine A-108 francês. Muito leve, baixo e aerodinâmico, tinha carroceria feita em fibra de vidro, e seu conjunto mecânico era praticamente o mesmo da linha Dauphine/Gordini. O Interlagos obteve sucesso nas pistas, colocando o departamento esportivo da Vemag em pânico: como superar as berlinetas da Willys com o Belcar que, afinal de contas, não era um carro esporte, e passava quase o dobro? Diante do desastre eminente, Jorge Lettry - chefe do departamento da Vemag - entrou em contato com Genaro "Rino" Malzoni, fabricante de cachaça em Matão, SP, cujo hobby era "vestir" em sua Fazenda, chassis de automóveis de série com carrocerias esportivas.

Willis Interlagos Berlineta

Renault Alpine A-108 1960

DKV Belcar 1967

Este contato possibilitou uma interessante troca de informações a respeito de um protótipo feito por Malzoni parecido com a Ferrari 275 GTB, mas com chassi e motor de dois tempos e três cilindros DKW. Assim, em 10 de outubro de 1964 o Malzoni GT, como passou a ser chamado, estreou em Interlagos, no Grande Prêmio das Américas, colocando-se em primeiro lugar na classe dos protótipos. Porém, mesmo utilizando o motor Vemag especial de 100 cv, mostrou-se lento, o que levou seus idealizadores a reconstruir a carroceria utilizando fibra de vidro. A Fibraplastic foi escolhida para fazer o serviço, e o resultado foi uma berlineta de peso bastante inferior, o que levou a Vemag a comprar três protótipos e ganhar cinco corridas em 1965.

Ferrari 275 GTB 1965

DKV GT Malzoni 1965

DKV GT Malzoni Grande Prêmio das Américas

Estes carros tinham motor de três cilindros, dois tempos e 981 cm3, que desenvolvia a potência de 60cv a 4.500 rpm e seu peso total era de 810 kg; a velocidade máxima era 145 km/h. Diante de um quadro tão promissor, Genaro Malzoni, com a supervisão técnica de Lettry, se associou a Luis Roberto Alves da Costa, Milton Masteguin e o piloto Mario Cesar de Camargo Filho e fundou a Sociedade de Automóveis Lumimari. A idéia era produzir o esportivo em pequena série, para a homologação na categoria GT. A Vemag passou a fornecer chassi e motores para a Lumimari que, em 1966, apresentou no "V Salão do Automóvel" o GT Malzoni Especial, com acabamento de luxo.
  
A pequena empresa foi reconhecida em 14 de setembro de 1966 pelo GEIMEC (Grupo Executivo das Indústrias Mecânicas) como integrante do parque automobilístico brasileiro, e mudou seu nome para Puma Veículos e Motores; o DKW Malzoni recebeu o nome de PUMA GT.

 Puma GT 1973

No primeiro ano de existência a Puma produziu apenas 35 carros, número que cresceu em 1967 para 125 unidades, graças em parte ao bom desempenho nas pistas, como na "1000 Milhas" de 1966, quando carros da marca conquistaram segundo, terceiro e quarto lugares, além de levar o Piloto Norman Casari ao título do campeonato carioca. Em 1967 a Simca foi absorvida pela Chrysler, a Willis pela Ford e a Vemag pela Volkswagen. Com o fim da produção dos DKW, a Puma teve de projetar outro esportivo, com mecânica ainda produzida, e a escolha recaiu em outro projeto alemão: o novo GT utilizaria chassi e suspensões Karmann-Ghia e motor Volkswagen arrefecido a ar, de 4 cilindros e 1.500 cm3. O novo PUMA GT não lembrava mais as linhas da Ferrari 275 GTB, pois inspirava-se em modelos mais atuais da época, como o Alfa- Romeo Duetto e Lamborghini Miura.

Karmann-Ghia 1957

 Alfa- Romeo Duetto 1967

  Lamborghini Miura 1969

Em 1970 o PUMA GT 1500 era exposto pela primeira vez num evento internacional, a Feira Ibero-Americana de Sevilha, na Espanha e, no mesmo ano, teve sua cilindrada aumentada para 1600 - conhecido como 1600 GTE - no modelo básico, ficando como opcional motores de 1700, 1800, 1900 e 2000. Para 1971 a fábrica lançou o 1600 GTS, conversível, fazendo a produção atingir 323 unidades, com 484 em 1972 e 769 em 1973, ano em que a PUMA vendeu direitos de construção de seu veículo à Bromer Motor Assemblies, que passou a construir os esportivos sob licença no mercado da África do Sul.

Puma GTE 1600 1971

Puma GTS 1972 Convesrível

Continua semana que vem.


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