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Data da publicação: terça-feira, 19 de abril de 2011
Postado por Aqipossa Informativo

Olha só o que você fez


Primeira parte.

Não se pode garantir o futuro sem olhar o passado. Não se aprende coisas novas se não tirarmos como exemplo os erros do passado.

A caça às baleias era no início, uma prática que tinha incontáveis matérias primas. Muitas baleias. A caça desordenada e desenfreada não preocupava. Havia muitas. Também havia muito desperdício de material, aproveitava-se pouco da pesca. Hoje, estão muitas espécies à beira da extinção. Nada era feito. Só pensavam em lucrar. Nem ao menos se preocupavam que eles próprios iriam ficar sem o que pescar no futuro.

O desmatamento na Amazônia ainda hoje é um fato. Mas o pensamento na época era o mesmo dos caçadores de baleias: “Há muita árvore nessa floresta”. Só a pouco tempo que se fala em concientização. Plantar para derrubar. Garantir a matéria prima hoje para poder derrubar no futuro sem abalar meio ambiente e sem esgotar a fonte. Meio tarde. O desequilíbrio nas florestas já levou a extinção diversas espécies animais e vegetais que dependiam da própria floresta.

Esses dois exemplos acima mostram que erros do passado interferem no futuro a ponto de por até mesmo um fim no que se acostumou a fazer. Hoje é proibida a caça às baleias em quase todo o planeta. Quase não há Amazônia.

Assim foram com os índios que eram os donos do território brasileiro e foram escravizados pelos colonizadores e vendidos para outros continentes. Só restam algumas tribos dessa cultura milenar. Vítimas de doenças dos brancos, não eram preocupação de ninguém. Além de podermos contar quase com sua cultura, esse tratamento de séculos serviu apenas para que adolescentes nos mostrassem o que aprenderam sobre respeitos, matando queimados índios indefesos em pontos de ônibus. Não aprendemos nada!

Os escravos negros que vinham da África eram apenas mercadoria. O barco vinha cheio, pois se “perdia” mercadoria na viajem. Quanto mais prendiam, maiores as chances de chegar viva uma quantidade razoável para negociar. Hoje, devido à isso, temos que criar leis que dêem garantias de igualdades entre negros e brancos. Além é claro, da discriminação racial absurda.

E vários outros exemplos que se conhece e não se fez nada no início: Saúde pública, educação, moradias irregulares (as favelas), criminalidade devido ao não combate às drogas... Tudo isso foi alertado. Nada disso foi corrigido. Hoje sofremos as conseqüências.

O futebol... Ah, o futebol. Acabou. Não se viu no passado o que estava dando errado. Não se vê no presente o que está errado. Não se perceberá no futuro quando foi que o futebol começou a ruir.

O AQIP alerta: O futebol que não seja voltado para o torcedor é inaceitável. Tende a acabar. A TV está fazendo o futebol para o consumidor. O torcedor que se dane. É inacreditável que se faça negócios com clubes para o televisionamento de uma competição que ainda não se sabe quem participará. Não começou sequer o campeonato deste ano, 2011 e já se garante os direitos de imagem do campeonato de 2012. Qual a garantia de que o dinheiro gasto com os contratos terá retorno? E se determinado clube for rebaixado em 2011 e não participar de 2012? Porque os clubes que já entraram em acordo, não esperaram mais tempo?

São perguntas que não tem respostas. Os grandes merecem mais participação sim, mas isso é uma prova de que não se preocupam com o torcedor.

Essa afirmativa acima, ao contrario do que se pensa, não é contraditória. Para ter mais participação, é levado em conta o tamanho da torcida, mas apenas para se vender espaço para o patrocinador. Simplesmente onde há mais torcedor, há mais consumidor.

Seria muito mais lógico que os de menos torcida se juntassem, e negociassem juntos. Vamos lá: Há dois grandes grupos de torcidas. As de Flamengo e Corínthians e os de Vasco, São Paulo e Palmeiras. Esses cinco, formam o grupo que recebem mais. Bastaria tê-los todos no acordo para valer a pena o investimento. Mas lembrem-se: são 20 clubes.

Se os demais juntos não fecharem acordo, os cinco grandes não poderão aparecer na TV. Era a hora de se juntarem, e pedirem mais participação no bolo. Sem eles, nada valerá a pena para a TV. Não precisariam fechar com outra emissora, mas apenas não fecharem com a mesma pela primeira oferta que se recebe, já dariam ao torcedor a idéia de que não pensam apenas em lucro a todo custo.

Não perceberam ainda que hoje recebem mais, mas muito menos que os cinco lá de cima. Um equilíbrio nas ofertas seria obrigatório entre os 20 clubes, se assim os demais agissem, uma vez que para aumentar a oferta de uns devem diminuir a de outros. Senão não há dinheiro suficiente.

Esse equilíbrio é importante para o andamento do futebol dentro dos clubes. Caso contrário, ao longo dos anos, só restarão os que ganham mais. Kalil, do Atlético mineiro, garante que vai pedir o máximo da Globo, pois tem até o fim do ano para conversar. Sem pressa. Mas engana-se. Se esperar até o fim, do jeito que já fizeram acordos, talvez o único que pensou certo, agiu errado em agir sozinho. Se restar apenas ele, o Galo de Minas, a Globo vai pagar o que quiser, uma vez que apenas um clube sem transmitir jogo, não fará diferença alguma. Será o que a Globo oferecer e lamba os beiços com a ninharia.

Os dirigentes nunca pensaram nos torcedores. Só pensam em si mesmos. No país da corrupção, desvios de dinheiros e enriquecimento ilícito e fácil, lavagem de dinheiro, o futebol não fica de fora. É ingenuidade, que se acredite que o futebol não tem armações. Nenhuma empresa que seja, mesmo fora do esporte, não gasta milhões de dólares em algo que não tem certeza que vá dar certo. Ou se tem garantias, ou não se fecha negócio. O futebol é a coisa mais fácil de fracassar, afinal, de 20, apenas um será campeão. 19 terão fracassado.

Quem não lembra do boxe? Pugilistas que mantiveram o cinturão porque só enfrentavam lutadores mais fracos? Até o filme Rocky falou disso no cinema. Acontece que as bolsas pagavam até 5 milhões por luta, hoje, ninguém sabe nem quem é o atual campeão. As bolsas nem sempre alcançam a casa de um milhão, porque o passado mostra ao patrocinador que não é válido expor sua marca em algo que perdeu a credibilidade. Escândalos no baseball quase acabaram com a credibilidade do esporte nos Estados Unidos. Isso tudo, por causa das armações em resultados de jogos.

Resultados combinados. Armações. É isso que corrói o futebol. Corroeram outros esportes. Não seria diferente com o futebol, onde a justiça comum é impotente, pois se é proibido recorrer a ela para se ter justiça. O futebol é o paraíso de quem quer apenas lucrar. Custe o que custar. Se no futuro o clube falir, que se dane! Assim foi como fizeram com as baleias, a Amazônia, os índios, os negros...

Mas será que vai ter gente pra dizer: Olha só o que você fez!


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