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Data da publicação: sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
Postado por Aqipossa Informativo

Aniversário do Clube do Remo do Pará e a vitória no Maracanã sobre o Flamengo



No ano de 1905, uma série de desentendimentos entre os integrantes do Sport Club do Pará, momentos antes da realização de uma regata, decretou a saída dos atletas Victor Engelhard, Raul Engelhard, José Henrique Danin, Eduardo Cruz, Vasco Abreu, Eugênio Soares e Narciso Borges. Os sete rapazes logo tiveram a ideia de criar uma nova agremiação, onde pudessem praticar as suas atividades. Aos poucos, o pequeno grupo contou com o apoio de outros desportistas para alcançar o seu objetivo. No dia 5 de fevereiro de 1905 fundou-se o Grupo do Remo.

A nova agremiação teve a sua existência legal consolidada com a publicação de seu Estatuto Social no Diário Oficial do Estado em 9 de junho de 1905. No documento, também estavam inseridos os nomes dos 20 fundadores: José Henrique Danin, Raul Engelhard, Roberto Figueiredo, Antonio La Roque Andrade, Victor Engelhard, Raimundo Oliveira da Paz, Antonio Borges, Arnaldo R. de Andrade, Manoel C. Pereira de Souza, Ernestino Almeida, Alfredo Vale, José D. Gomes de Castro, José Maria Pinheiro, Luiz Rebelo de Andrade, Manoel José Tavares, Basílio Paes, Palmério Pinto, Eurico Pacheco Borges, Narciso F. Borges (primeiro presidente do clube) e Heliodoro de Brito.

O dia 15 de agosto marcou a inauguração oficial do novo clube, como forma de prestar homenagem à adesão do Pará à Independência do Brasil. No dia 1º de outubro, o Grupo do Remo inaugurou a sua sede, localizada à Rua Siqueira Mendes, com fundos para a baía do Guajará. A sede fora alugada junto à Intendência Municipal. Na mesma ocasião foi efetuado o batismo e o lançamento ao mar da primeira embarcação, uma baleeira denominada “Tibiriçá”.

No ano de 1908, o Grupo do Remo não conseguiu renovar o contrato de aluguel de sua sede junto à Intendência Municipal. Diante de uma severa crise, a Assembleia Geral se reuniu em 14 de fevereiro e o desembargador Alfredo Barradas decretou a extinção do Grupo do Remo. Uma pequena parcela não concordou com a decisão, tomando como medida o sequestro dos barcos pertencentes à agremiação para que não caíssem em “mãos erradas”. As embarcações foram levadas a um galpão no terminal de inflamáveis de Miramar, cujo proprietário era Francisco Xavier Pinto, onde ficaram escondidas.

Os rapazes passaram então a se encontrar frequentemente no Café Manduca, um tradicional ponto de bate-papo de Belém, a fim de tratar dos assuntos referentes à reestruturação do Grupo do Remo. No mês de julho de 1910, tiveram conhecimento de que o contrato de aluguel da antiga sede com um estabelecimento comercial havia terminando e de que, finalmente, poderiam readquirí-la.

No dia 15 de agosto de 1911, os onze azulinos navegaram em três embarcações – duas cedidas pela Liga Marítima Brasileira e uma da Mr. Kup, chefe do tráfego da extinta Port of Pará – à Miramar para rebocar todo o material que estava ali depositado, chegando ao destino em torno das 8h da manhã. Às 7h da noite partiram com todo o patrimônio para a sede. Esse ato concretizou a famosa reorganização do Grupo do Remo.

Oscar Saltão, Antonico Silva, Rubilar, Jaime Lima, Cândido Jucá, Harley Collet, Nertan Collet, Severino Poggy, Mário Araújo, Palmério Pinto e Elzeman Magalhães foram os heróis que tornaram possível o sonho de renascimento da antiga agremiação, entrando para a história do clube como o célebre Cordão dos Onze. Até hoje, a data de 15 de agosto é festejada tal qual o aniversário de fundação do clube em 5 de fevereiro. No dia 16 de novembro, o Grupo do Remo conquistou o título de campeão paraense náutico, o primeiro de muitos que estavam por vir.

Em uma sessão ordinária, realizada em 29 de dezembro de 1911, o Sr. Oscar Saltão propôs a readaptação do nome para Club do Remo, porém necessitava da aprovação do conselho. Em 7 de agosto de 1914, a Assembleia Geral analisou os argumentos e aprovou a proposta de Saltão, sendo a mudança anunciada oficialmente pelo presidente Nilo Penna.”


70 anos depois, chegamos ao Maracanã. Era o campeonato brasileiro. O Remo tinha, em cinco jogos, quatro derrotas e um empate e já tinha levado 13 gols e marcado apenas raríssimos três. Era a segunda fase da competição. O adversário no Maracanã era o Flamengo, de Zico, Adílio e Rondinelli. O rubro negro se vencesse o Remo, poderia chegar à vice liderança de seu grupo. A equipe carioca havia jogado quatro partidas e estava em uma sequência de três vitórias seguidas e levou apenas um gol. Era a favorita. Mas...

Não deu.

Antes do jogo

JB - 25/10/1975

JB - 25/10/1975

O Fluminense - 25/10/1975

Após o jogo

Diário de Notícias 26/10/1975

JB - 26/10/1975

O Fluminense - 27/10/1975

Mas o Flamengo é o Flamengo, como dizem. E se a arbitragem não ajudar, não é Flamengo de verdade. Foi o que contou José Inácio Werneck, colunista do Jornal do Brasil em sua coluna, Campo Neutro de 26 de Outubro de 1975. O Flamengo tinha no jogo contra o Remo, a ajuda do juiz para vencer. Mas…

Não deu.

JB - 26/10/1975

JB - 26/10/1975

Essa foi a primeira vez na história que um time carioca perdeu para um paraense no Maracanã.

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