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Data da publicação: terça-feira, 27 de outubro de 2015
Postado por Aqipossa Informativo

Naquela Central de Produções, paciência tem limite, desespero, não



Na Central de Produções, todos estão muito exaltados. Não é pra menos. Planos foram feitos e não estão dando certo. Sem explicações plausíveis, já tem gente que não quer tocar no assunto. Telefones tocam o tempo todo. Em uma ligação, um dos mais irritados com a situação de Guerrero, conversa com alguém:

- Você sabe quanto a gente tá perdendo nesses dois meses? Você tem ideia? Então não me venha cobrar porra nenhuma. Dê, você, um jeito aí! Tá de sacanagem? (...) Não quero saber! Não é minha responsabilidade! (...) Se vira, caralho. Já não chega o que fizemos pra salvar vocês em 2013 e a gente não vê retorno nessa merda? Não me telefone mais para cobrar essas coisas, ora, porra.

Sentado ao lado de GB, ouvindo a conversa, um ex-funcionário que está de visita na Central, puxa assunto querendo participar novamente das conversas da Central:

- Ih, rapaz. A coisa tá feia, hein. Pela conversa já sei até o que é. Querem que a vocês façam alguma coisa.

- Como sempre, Zé. Mas acontece que já fizemos das tripas coração. Eles não se ajudam e querem ajuda sempre.

- Na minha época era assim. E olha que eu ajudei essa gente, viu? Sorte a minha que eu também tinha vocês pra encobrir tudo. Até emprego vocês me deram.

- Ah, Zé! Deixa de onda. Você tá falando comigo. Não tem ninguém mais aqui. A gente te deu emprego porque você ficou naquela de conta ou não conta o que rolou em Goiânia e mandaram te contratar pra você ficar quieto.

- Pô, GB! Eu só tava precisando de um emprego. Uma mão lava a outra.

Mas isso não vem ao caso agora. O assunto não é mais da alçada de Zé, mas pode ser de outros que almejam o mesmo fim, arrumar um emprego na Central. Foi nessa hora que entrou Alex, prestativo como sempre.

- Aê! Eu não aguento mais enrolar essa gente. Eles são muito otários. Mas acontece que tá pegando mal pra mim. Os outros são mais inteligentes e tô ficando com fama de mentiroso.

- Outros? Que outros?

- Ué, os vascaínos, botafoguenses e tricolores, ora bolas. Eles não caem mais nas nossas mentiras. Os flamenguistas caem, mas os outros não. Essas entrevistas que eu faço na rua pro programa, eu sempre encontro os outros. Se fosse pra mostrar ao vivo de verdade, eu tava fudido. Eles falam cada coisa pra mim, tipo, “você não tem vergonha de enganar essa gente”, ou “tá pensando que eu sou mulambo pra cair nessas mentiras?” Tá foda.

- Mas a gente paga você é pra fazer mesmo o que tá fazendo. O nengócio é encontrar mais flamenguista que os outros.

- Tá de onda? Com o time mal assim é mais fácil eu encontrar um torcedor do meu time, o América.

- Aí, exagerou, Alex!

- Exagerou nada, Zé. Nesses tempos difícies os flamenguistas somem mesmo. Tem uns que até dizem que torcem pra outro time só pra não correr o risco de ser zoado.

- É isso mesmo, o GB tem razão. Encontrei um que disse que era torcedor do Bangú, é mole? Mas ele tava com um chaveiro do Flamengo.

- Ese é idiota mesmo.

- Ah, todos eles são.

Mas a conversa embora estivesse boa, tava na hora de acabar. O problema era mais grave que apenas encontrar um flamenguista nas ruas após derrotas do Flamengo. E Alex acaba falando o que realmente interessava e havia ido ali falar.

- É o seguinte. Acho que tem como ajudar o Guerrero voltar a fazer gol. Tem um cara aí que quer ajudar.

- Mais um… Tem sempre um querendo mostrar serviço nessas horas. Quem é? Mas espere! Não fale nome. As paredes parecem ter ouvidos aqui.

- É. Fale pelo número de inscrição dele na nossa lista.

- Tá, bem. Mas vocês já sabem quem é. Ele é figurinha carimbada aqui. É o 88X.

88X queria dizer que era o 88º juiz inscrito no programa de salvamento do Flamengo. A Central codificava tudo antes do Doutor Rô bater as botas. E mantiveram tudo como ele fazia, se bem que na prática, tudo desandou. O X significava que era caráter de urgência. Outras letras eram mais simples. O A era apenas ajuda, o R era para não deixar rebaixar, o S era de sacanagem com os adversários. O X era para ocasiões de desespero. E essa era uma. Em 7 jogos, o Flamengo só venceu um jogo e foi contra o lanterna na época, o Joinville. O resto foi só derrota. Mas o que mais preocupa é Guerrero, que não faz gol há mais de dois meses. E esse era o papo no telefone.

- Mas que merda. O 88X? Ele tá tentando faz um tempo. Mas ele é muito descarado. Rouba pro Flamengo até quando a gente não pede. Tem bola que entra quase meio metro e ele não marca gol pro adversário. Sei lá. Pode ser arriscado. Um tiro pela culatra.

- Mas no telefone, o que queriam? Não era ajuda? Então vai o 88X mesmo.

- Ah, era da Gávea…

- Ih! De novo? Queriam o que dessa vez?

- Queriam um juiz pra ajudar o Guerrero. Tão gastando muito. Fez tão pouco gol que na média, cada um que ele fez até agora, custou um milhão de Reais. Mas a gente gastou mais que isso. Pediram pra gente arrumar um que expulsasse o goleiro e a zaga inteira do adversário pra facilitar.

- Pô! Parece até que sentiram teu cheiro aqui, hein, Zé?

- Pois é...

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