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Data da publicação: domingo, 5 de janeiro de 2014
Postado por Aqipossa Informativo

As falcatruas do Corinthians - Parte 2 - Campeonato Brasileiro de 2005

Este é um Guest Special Post

Por Marcos Ezequiel

Vamos mais a fundo em como funciona a máfia Corinthians, mostrando o motivo do mesmo ganhar o Brasileirão de 2005.

(No final da postagem, para não deixar dúvidas, o vídeo da escuta telefônica mostrando o ex presidente Alberto Dualib confessando que o Campeão Brasileiro daquele ano, de fato, seria o Internacional, e o lance que gerou a expulsão de Tinga.) - TALVEZ NA PRÓXIMA PARTE

Você vai ver agora como funcionou a anulação de 11 jogos, que favoreceu o Corinthians.

A anulação dos 11 jogos

Após a descoberta do escândalo de arbitragem da máfia do apito, 11 jogos do Campeonato Brasileiro de 2005 apitados por Edilson Pereira de Carvalho foram anulados. O ex árbitro chegou a ser preso após confessar participar de um esquema de manipulação de resultados do torneio para favorecer apostadores na internet. A decisão de anular as partidas foi tomada pelo STJD, (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) que na época era presidido por Luiz Zveiter. Ele oficializou a saída do cargo no final de 2005.

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) determinou então, novas datas para a repetição dos jogos que foram anulados. O Corinthians, que acabaria se tornando o campeão, teve dois jogos anulados - havia perdido para o São Paulo (3x2) e Santos (4x2). Na repetição, empatou com o São Paulo (1x1) e ganhou do Santos. (3x2) As equipes que brigavam pelo título com o Corinthians reclamaram bastante da decisão de Zveiter. No final, o Corinthians terminou com o título, com 81 pontos, contra 78 do Internacional.

A cronologia do escândalo

23/09/2005 - Sexta-feira

A revista Veja publica matéria de capa denunciando um esquema de compra de juízes para a "fabricação" de resultados, com o objetivo de favorecer apostadores de loterias clandestinas, realizadas pela Internet. Estão sob suspeita os jogos do Campeonato Brasileiro, Copa Libertadores da América, Copa Sul-Americana e Campeonato Paulista de futebol, todos da edição 2005.
 
 

O esquema de manipulação funcionaria da seguinte forma: O empresário Nagib Fayad, juntamente com outros três empresários ligados ao ramo dos bingos, combinava um determinado resultado em jogos apitados por Edilson Pereira de Carvalho e em seguida, realizava apostas milionárias em dois sites de apostas eletrônicas. Esse tipo de jogo é proibido no Brasil e acontecia de forma clandestina. Estimou-se que o lucro da quadrilha superava R$ 1 milhão no período. O nome dos demais empresários é mantido sob sigilo pela Polícia Federal. O juiz receberia entre R$ 10 mil e R$ 15 mil por jogo pelo "serviço".

24/09/2005 - Sábado

O árbitro da Fifa Edilson Pereira de Carvalho e o empresário Nagib Fayad são presos durante a madrugada, acusados de manipulação de resultados de partidas de futebol. Edilson apitou 25 partidas neste ano, sendo 11 delas do Campeonato Brasileiro. O árbitro José Paulo Danelon, que apita jogos da Série B do Campeonato Brasileiro, também estava sendo investigado e poderia ter a sua prisão preventiva decretada a qualquer momento. De acordo com as investigações, ele seria o responsável pela apresentação de Edilson ao empresário do ramo de jogos. Ainda na madrugada de sábado, quando tomou conhecimento das denúncias, a CBF divulgou nota informando sobre o afastamento dos dois árbitros do seu quadro de arbitragem.

A CBF também se encarregou de comunicar à Fifa do caso, pedindo o afastamento do juiz do quadro de arbitragens da entidade internacional. O promotor José Reinaldo Carneiro de Bastos, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo) não informou quais seriam os jogos que tiveram influência da arbitragem. "A Polícia Federal tem certeza que, ao menos, sete jogos tiveram resultados manipulados. Mas não queremos revelar isso por enquanto", disse na epoca.

25/09/2005 - Domingo

O presidente da comissão de arbitragem da CBF, Luiz Zveiter, disse que as partidas dirigidas pelos dois árbitros poderão ser canceladas. Segundo ele, os casos seriam analisados individualmente. Zveiter garantiu que o Campeonato Brasileiro não seria paralisado de forma nenhuma, mas não descartou a anulação de jogos.

26/09/2005 - Segunda-feira

O juiz Edilson Pereira de Carvalho, pivô do escândalo, disse no depoimento à Polícia Federal que há mais árbitros suspeitos de envolvimento. A informação era do jornal Folha de S.Paulo. A Caixa Econômica Federal informou que manteria os resultados dos jogos, para efeito de premiação, apitados pelo árbitro Edílson Pereira de Carvalho neste Campeonato Brasileiro, mesmo que as partidas fossem anuladas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. (STJ)

O advogado Cássio Paoletti afirmou que o cliente Nagib Fayad foi procurado pelos árbitros Edilson Pereira de Carvalho e José Paulo Danelon para participar do esquema que fraudava partidas dos Campeonatos Brasileiro e Paulista e da Copa Libertadores. O presidente do STJD, Luiz Zveiter, admitiu que algumas partidas apitadas por Edilson Pereira de Carvalho podiam ser anuladas. No entanto, o tribunal deveria concluir quais partidas seriam disputadas novamente.

27/09/2005 - Terça-feira

Após se sentir prejudicado por Edilson Pereira de Carvalho na Copa Libertadores, a diretoria do Alianza Lima, do Peru, pretende processar o árbitro, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo. O Clube dos 13, pretendia evitar uma virada de mesa após o escândalo da arbitragem. O presidente do STJD, muda de opinião ao afirmar na Superintendência da Polícia Federal, que todos os 11 jogos arbitrados por Edilson Pereira seriam analisados. A Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol) divulgou nota de repúdio ao escândalo da arbitragem no futebol e mostrou estar disposta a revitalizar a imagem da classe perante o público.

28/09/2005 - Quarta-feira

O árbitro Paulo José Danelon, também suspeito de manipular resultados dos jogos, presta depoimento na sede da Superintendência da Polícia Federal. O Promotor Roberto Porto, do Gaeco, afirmara não ter dúvidas de que o árbitro Paulo José Danelon, assim como Edilson Pereira de Carvalho, estava envolvido no escândalo da arbitragem.

Em depoimento à Superintendência da Polícia Federal, o árbitro Paulo José Danelon confirmou a participação em manipulação de algumas partidas do Campeonato Paulista. Partidos governistas brecam a instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembléia Legislativa de São Paulo. O apostador Nagib Fayad é liberado da Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, após ficar cinco dias preso.

Em seguida, o árbitro Edilson Pereira de Carvalho, acusado de manipular os 11 jogos do Campeonato Brasileiro, é solto, mas acaba sendo agredido por um torcedor do Corinthians, que se identificou como Eliseu.

29/09/2005 - Quinta-feira

O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Luiz Zveiter, prometeu acelerar as investigações sobre os 11 jogos apitados pelo árbitro Edilson Pereira de Carvalho. A Federação Paulista de Futebol (FPF) criou uma corregedoria para investigar a atuação de seus árbitros. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, poderia anunciar, no dia seguinte, se algum dos onze jogos, ou mesmo todos, do Campeonato Brasileiro apitados por Edílson Pereira de Carvalho seriam anulados ou não.

A quadrilha acusada de fraudar os resultados para beneficiar apostadores em sites ilegais de jogos teria movimentado pelo menos R$ 3 milhões somente em 2005. A Câmara dos Deputados pensava em criar uma nova CPI, que teria como alvo, as denúncias de manipulação dos resultados para beneficiar apostadores que se utilizavam dos sites ilegais de apostas.

30/09/2005 - Sexta-feira

Edilson Pereira de Carvalho, através de seu amigo Daniel de Oliveira, avisou que iria cobrar R$ 15 mil para conceder, com exclusividade, a primeira entrevista após sua prisão. O empresário Wanderlei Pololi, acusado de ser o responsável pela intermediação entre árbitros e empresários no esquema de corrupção, foi preso pela manhã e levado algemado para a sede da Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo.

Luiz Zveiter, presidente do STJD, disse que a anulação dos 11 jogos apitados pelo juiz Edilson Pereira de Carvalho poderia acontecer mesmo sem a verificação das fitas dos jogos, já que apenas os dados levantados pela comissão de auditores do tribunal deveriam ser suficientes para que a decisão seja tomada.

Armando Marques, então presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, deixou o comando da organização com o escândalo da arbitragem. Em seu lugar, assumiu o vice-presidente Edson Resende, também ex-árbitro e ex-delegado da Polícia Federal. Ricardo Teixeira, presidente da CBF, eximiu a entidade de responsabilidade e deixou a decisão sobre a anulação dos 11 jogos comandados por Edilson Pereira na mão do STJD.

01/10/2005 - Sábado

O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Luiz Zveiter, marcou para o dia seguinte, Domingo, às 11h de Brasília, na sua residência, uma entrevista para anunciar a decisão sobre os 11 jogos apitados pelo juiz Edilson Pereira de Carvalho.

02/10/2005 - Domingo

O presidente do STJD, Luiz Zveiter, anunciou a anulação dos 11 jogos apitados pelo árbitro Edilson Pereira de Carvalho no Campeonato Brasileiro. A CBF escolheu datas para a repetição de oito dos 11 jogos anulados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após a descoberta do esquema de manipulação de resultados. A primeira rodada foi no dia 12/10, quarta-feira, às 16h (de Brasília): Vasco x Figueirense, Cruzeiro x Botafogo, Santos x Corinthians e Juventude x Fluminense.

Já a segunda rodada foi disputada no dia 19/10, também quarta-feira, mas às 20h30: Vasco x Botafogo, Juventude x Figueirense, Paysandu x Cruzeiro e Ponte Preta x São Paulo.

Os jogos restantes (São Paulo x Corinthians, Fluminense x Brasiliense e Internacional x Coritiba) seriam programados em função do andamento da Copa Sul-Americana.

03/10/2005 - Segunda-feira

Os clubes que não concordaram com a decisão do STJD de anular as 11 partidas arbitradas por Edilson Pereira de Carvalho, entre eles Internacional e Figueirense, poderiam entrar com um recurso para provar que a influência não teve o desfecho que o árbitro queria.

A terceira parte de As falcatruas do Corinthians você vai conhecer em breve.

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