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Data da publicação: segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Postado por Bruno

A decadente arbitragem brasileira

"árbitro é o indivíduo responsável por fazer cumprir as regras, o regulamento e o espírito do jogo ao qual estão submetidos e intervir sempre que necessário, no caso quando uma regra é violada ou algo incomum ocorre." Wikipédia

Que o futebol é um espetáculo, disso não temos dúvidas. Mas há bastante tempo, muitos vem se perguntando: até qual sentido temos o futebol como espetáculo? No de encher os olhos daqueles que o assistem, ou por ser uma encenação, algo que já tem um fim definido para favorecer os interesses de alguns? Ultimamente, a segunda opção vem se mostrando a mais provável.

E nesse espetáculo, temos um personagem que tem o poder de decidir tudo: o árbitro, juntamente com outros dois personagens também muito importantes, os auxiliares (ou bandeirinhas). Esses 3 juntos deveriam garantir o cumprimento das regras, intervindo apenas para que o jogo possa ter seu andamento normal sem interferir no seu resultado.

Mas o espetáculo é frequentemente estragado por esses. E os campeões de reclamações somos nós brasileiros, talvez porque aqui é onde ocorrem a maioria das falcatruas. Vemos frequentemente times sendo favorecidos e prejudicados, de forma discreta ou escancarada. Vemos frequentemente arbitragens tendenciosas para determinados times, e até verdadeiros assaltos. Qual o porque de tudo isso?

Muitos justificam que nossos árbitros não são bem preparados. Eu concordo, nossa arbitragem não tem preparo suficiente para atuar em alto nível. Mas o mínimo que se espera de um árbitro, é que aja com imparcialidade. Erros podem acontecer, até porque nem os melhores árbitros conseguem manter sua taxa de acertos em 100%.


O exemplo desse mal preparo é num jogo de dois times de tradições diferentes. Nota-se claramente que os árbitros, na dúvida, decidem a favor do time maior. Isso não quer dizer que ele esteja roubando o menor, mas sim que ele é mal preparado e tem medo de errar contra um dos grandes por causa da repercussão que iria gerar. Outro exemplo é o 'árbitro caseiro', aquele que acaba cedendo a pressão vinda das arquibancadas e apita com tendência ao time da casa. Mais um exemplo do mal preparo da nossa arbitragem, que aliás, esses dois casos são quase que 'regras' do árbitro brasileiro: "na dúvida, dá pro time maior ou pro time da casa."

Só que existem situações onde presenciamos verdadeiras roubalheiras. Além dos jogos contra aqueles dois times - o da Gávea e o do Parque São Jorge, onde uma certa emissora  junto com a entidade máxima do futebol brasileiro, pressiona ou compra os árbitros para apitar sempre a favor deles - temos visto times diferentes sendo favorecidos por arbitragens que beiram ao ridículo. Faltas invertidas durante todo o jogo, pênaltis e expulsões escandalosas, gols extremamente mal anulados, entre outros lances que mudam toda a história do jogo e causam um grande prejuízo para o time que teve a "sorte" de ficar no caminho de um árbitro desses.

Em 2005, tivemos a famosa "Máfia do Apito". Pra quem não conhece ou não se lembra, foi um esquema de manipulação de resultados onde apostadores compravam árbitros para manipular resultados de determinados jogos,  garantindo os interesses deles. Foi um grande esquema, mas por ser tão grande e por não ter proteção da mídia e de entidades do futebol, acabou sendo desmantelado rapidamente.

Não quero dizer que hoje temos uma "Máfia do Apito 2.0", mas temos algo parecido. Existe muito dinheiro envolvido no futebol, e ninguém gosta de perder dinheiro, então é bem provável que vários jogos sejam comprados por pessoas de fora, pessoas interessadas nas vitórias e até títulos de certos clubes, por interesses que vão muito além de apostas. E claro, temos a possibilidade de clubes comprarem árbitros para favorecê-los, o que não deve ser deixado de lado. O futebol hoje não é mais um jogo de bola, e sim um jogo de interesses, e tem muita gente interessada em ganhar dinheiro com ele. Apesar de toda essa transformação, o único modo de você lucrar é que o time vá ao campo e saia com as vitórias, que termine o ano com o troféu. O resultado no campo dita o resultado fora dele.

E é por isso mesmo que chega a ser óbvio: a arbitragem não é mais responsável por garantir o bom andamento do jogo, ela ganhou outra responsabilidade, uma mais lucrativa: garantir o bom andamento dos investimentos dos seus patrões, pessoas cheias da grana e influentes em entidades do futebol e na mídia. Triste caminho que nosso amado esporte percorreu.

Também é possível que existam árbitros que adulterem os resultados por contra própria. Parece loucura, quem iria se expor tanto sem ganhar nada em troca? Mas eu diria que isso já acontece, e gosto de dar um exemplo bem explicativo: clássicos. Geralmente os clássicos são apitados por árbitros que são da mesma federação a que os clubes pertencem. E geralmente, os árbitros de uma federação são do mesmo estado que ela representa, obviamente sendo do mesmo estados dos clubes que vão jogar. E como estamos no Brasil, todo mundo tem um clube do coração, principalmente quem é ligado com o futebol. E por mais que um árbitro tenha a obrigação de ser profissional e imparcial, num jogo quente e de tanto significado como um clássico, pode acontecer do árbitro favorecer seu time do coração, ou prejudicar o time rival propositalmente.

Assim vai nossa arbitragem: mal preparada e com uma falta de profissionalismo e de caráter gigante ao vender resultados e deixar a paixão acima da imparcialidade em muitos jogos. De nada adianta trazer jogadores de alto nível e construir arenas moderníssimas, se o que se vê em campo não é mais o futebol, e sim três ladrões garantindo os interesses de alguns endinheirados.


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