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Data da publicação: terça-feira, 13 de novembro de 2012
Postado por Unknown

O lógico e o ilógico


O LÓGICO
Fazendo uma análise bem simplista e resumida do jogo de ontem, ele andou perfeitamente alinhado a uma lógica bastante previsível. Vamos aos fatos:
- Grêmio começou a partida com apenas um atacante fincado lá na frente. Quase joguei meu celular pro campo, pra que o Moreno ligasse pra sua mãe enquanto o São Paulo atacava, tamanha era sua solidão. Esse esquema, via de regra, é o famoso “chama gol”. Chamamos e tomamos: deu a lógica.
- E esse gol deles nasceu de um pênalti, oriundo da falha individual de Saimon. O guri está há meses parado por lesão. É natural que esteja sem ritmo, mais suscetível a erros bobos, etc. Tinha que ter feito o simples. Tentou inventar um pouco, se atrapalhou: infelizmente deu a lógica.
- Aos 10 minutos do 2° tempo, Luxa tira Souza (volante) e coloca André Lima (atacante). Ney Franco faz o oposto: troca atacante por volante. Luxemburgo tentando fazer gol, Ney tentando não tomar. Dessa vez foi o Tricolor Paulista que chamou o gol. E Luxa finalmente equilibrou o time com dois atacantes. A lógica só precisou de 5 minutos para aparecer: aos 15 empatamos. Com o próprio André Lima.
- Depois disso Ney Franco tentou consertar o que fizera pouco antes e retomou o esquema antigo. São Paulo se reequilibra. Mas num duelo de dois grandes equilibrados, a lógica é o mandante sair com a vitória. A empolgação da torcida no empate embalou o time. E o Grêmio embalado em casa é como água morro abaixo e fogo morro acima: ninguém segura. Mais uma vez a lógica apareceu pelo Olímpico: 2×1 para o Tricolor Gaúcho, placar final.
O ILÓGICO
Mas o jogo foi recheado de detalhes um tanto ilógicos. Vamos a eles.
- O melhor jogador em campo, na minha sensata singela opinião, foi Zé Roberto. Um senhor de 38 anos e barriga de tanquinho. Um moçoilo quase quarentão que correu como um guri novo durante os 90 minutos. Mas correr qualquer queniano perna-de-pau corre. Ele fez muito mais do que isso. Mostrou talento, CHAMOU A RESPONSABILIDADE PRA SI quando o caldo encrespou, foi pra cima, não se omitiu, driblou, passou, chutou, cruzou e, me atrevo a dizer: decidiu o jogo. O gol de empate, fundamental para a reação gremista, nasceu de uma JOGADAÇA do velho Zé. Para muitos torcedores e comentaristas que murmuraram e torceram o nariz para essa contratação, quando concretizada, poucas coisas podem ser mais ilógicas do que o parágrafo que acabo de redigir. Mas foi tudo verdade.
- Pará: baita atuação. Ok, isso não é tão ilógico, o Parazinho é um dos caras mais regulares do time. Não é gênio da bola, mas sempre nos oferece um feijão com arroz cumpridor. Ontem não foi diferente: voluntarioso, participativo, esforçado, útil, etc. Jogou bem, resumindo. Mas o ilógico naquela tarde de domingo foi seu cruzamento para o gol da virada. FOI DE PERNA ESQUERDA. Ele ficou quase um ano jogando na lateral esquerda sem dar um cruzamento sequer. Chegava na linha de fundo, parava a bola e procurava o Léo Gago mais atrás. Era sua rotina diária. Compreensível, tava quebrando um galho ali. Mas ontem ele recebeu lançamento perfeito do Pico, dominou bem, fez boa finta pra cima do marcador e, com a naturalidade de quem tá cansado de fazer aquilo, colocou a bola NA CABEÇA de Marcelo Moreno. Com a perna esquerda! Não foi cruzamento, foi passe. Com açúcar, com afeto. Ilógico, eu diria. Mas fantástico.
- O futebol é encantador justamente por brigar com a lógica. Lances com essa característica é o que não faltam. Poderia citar outros.  Mas, pra encerrar essa sessão, vou falar de apenas mais um: o fim do jogo. Vitória importante, suada, LINDA, de virada, confirmando vaga na Libertadores, empolgando 45 mil torcedores, enfim, tudo maravilhoso. Mas a partida de ontem era uma das últimas do Olímpico. A ficha de muita gente parece ter caído nesse Grêmio x São Paulo. O juizão apitou e muito torcedor ficou sentado nas arquibancadas por muito tempo. Eu era um deles. Alguns com pesar no olhar. Abatimento no rosto. Semblantes estranhos. Era a ficha caindo. Vi gente chorando. Vi de tudo. O clima não era 100% de festa, apesar da baita vitória. Havia uma pitada de “dor” no ar. Ilógico, a julgar pelo jogo. Mas compreensível, a julgar pelo contexto.
Abraços.

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