Data da publicação: sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Postado por Aqipossa Informativo
A Mentira Brasil - Capítulo 16
2248...
José, de banho tomado, cabelo penteado e roupas limpas, embora não sejam roupas apropriadas. O dia é 11 de Janeiro de 2248, dia que José adotou como sendo seu aniversário. E o primeiro presente que ele quer, é um emprego. Mas em 2248, o Brasil não é nada parecido com o Brasil de 2012. Após a falência da Globo, que começou a ruir logo após o rebaixamento do Flamerda em 2012, a FlaPress foi comprovada pelos torcedores e começou a perder o poder que tinha de enganar os torcedores. Ano após ano, o brasileiro, sem Flamerda e sem Globo, foi ficando mais inteligente.
José não sabe, mas o passado que ele não viveu, moldou o novo pensamento do Brasil. Todos são corretos e gostam que tudo fique sempre assim. Antes de criarem a Penitenciária Bruno Fernandes das Dores de Souza, em 2080, os presídeos usavam roupas vermelho e pretas como uniforme dos presos. Foi uma atitude para que nunca esquecessem do ponto em que chegou o Brasil, quando 92 % dos detentos no Brasil eram flamenguistas.
Hoje o tempo passou. Quase 200 anos após a mudança de uniformes, o Brasil está limpo dessa gente, e a maioria que nem sabe mais o que foi um dia o Flamengo, imagina que as cores vermelho e pretas são evitadas por causa disso. Eles apenas as evitam, como se fossem uma lei religiosa...
2012...
Kléber entra em seu condomínio e guarda o carro. Em pé, olhando para seu carro, zero KM, que comprara duas semanas atrás, ele reflete:
Kleber - Pô... Esse carro é muito bom. Importado, japonês... É um puta carro. Não é como aquelas carroças que se vê por aí com os adesivos do mengão.
Mas se arrepende de ter falado uma coisa...
Kleber - Droga! Porque fui falar em carroça? Isso me lembra o Ceará. O Ceará me lembra da vergonha... Que merda. A gente tava invicto em 2011, sem perder nada. A Globo tava dando a maior força com a história de Bonde sem Freio e tal. Os idiotas estavam adorando. Mas veio as quartas de final da Copa do Brasil e tinha que ser com um time que não quis entrar no esquema. Não facilitaram e lá se doi a invencibilidade e a chance de ganhar o título da Copa.
Entrando finalmente em casa, bate a porta da sala com raiva:
Kleber - Porra!! Nem com Ronaldinho Gaucho e Thiago Neves o time conseguiu vencer o Ceará. Se não for com a ajuda do juiz, não arrumam nada mesmo. O que será que Patrícia fez pra não continuar com o que sempre fizemos? E falando em Thiago Neves, essa vagabunda nadadora dos infernos, perde a prioridade para comprar Thiago Neves. A gente tinha até o último dia do ano passado. Mas deixou o prazo estourar e o Al Hilal, da Arábia Saudita, vendeu ele pro Fluminense, enquanto ela ia pagando mico garantindo que ele ficaria na Gávea. Que vergonha... Vergonha e mais vergonha...
2248...
José Roberto já está em sua 8ª tentativa de arrumar um emprego. Mas entre, caras feias, desculpas esfarrapadas e até um chute no traseiro, ele vai, sem entender, terminando o dia de seu aniversário, sem ter arrumado um emprego. José é a imagem da tristeza. A cara da desolação.
José Roberto - Não entendo... Estou limpo, de banho tomado, cabelo arrumado, boa aparencia e ninguém quer ao menos me dar ouvidos. Preciso arrumar um trabalho. Como vou sobreviver assim? Já tem dois dias que não como. Não tenho como comprar comida. Estou vivendo do que me dão.
O tal observador que de manhã olhava de longe José, está agora triste. Antes orgulhoso, agora está receoso. O que fizera? As roupoas que ele arrumou não ajudaram, mas ao contrário, só atrapalhou. Será necessário intervir. Mas de que forma?
Deverá deixar de se esconder. Terá que abrir o jogo com José. Mas quem será esse observador que tanto quer ajudar José? Será Wrigth, o cientista excluído do projeto?
José volta para seu banquinho, no meio da praça. Mas hoje, ao contrário de outros dias, a roupa vermelho e preta que veste, poderá causar problemas... José se deita. Esperando que o dia de amanhã seja diferente. Esperando que sonhe novamente. Sonhar com aalguém, algum lugar... Um caramanchão...
2012...
Cleber Leite, puto da vida, já chegou em casa. Mas antes eram quatro ex-presidentes que tentavam em vão, salvar o Flamerda da Série B. Não conseguiram. Marcio Braga, além de Kleber, também foi pra casa pensando em como foi acontecer isso com o time.
Dunshee de Abranches está igualmente pensando em um monte de coisas. Indo para casa, ainda está cheio de esperanças de que a Globo aceite salvar o Flamerda da Série B, criando o chamado Clube dos 20.
Abranches - A Globo é a única chance que temos. O Márcio Braga tem que conseguir dobrar aquele pessoal. Não será fácil, eles já disseram, por causa das coisas erradas que foram sendo feitas pela Patrícia. Ficou difícil esconder os erros depois do AQIPOSSA mostrar como era fácil ver a FlaPress e a proteção que a gente tinha.
Abranches não está se lembrando de um fato importante. A Globo já fechou o contrato com todos os clubes até 2015. Pra criar o Clube dos 20, todo mundo vai ter que mudar os contratos, e na primeira tentativa, o próprio Abranches não conseguiu dobrar ninguém, quando pediu para melarem o campeonato.
Abranches - Se a Globo não der jeito, o negócio vai ser tirar umas férias da Gávea. Dá Gávea, não! Do Brasil!! Eu me mando, volto pra Miami, e fico por lá até eles voltarem pra Série A. E se esse negócio de não ajudar mais o Flamengo for sério mesmo, aí, babou. Talvez eu nem volte então.
Abranches sabe que na Gávea é tudo armado, mesmo. Porém sabe que a torcida não sabe disso. Será uma gozação só. Os blog adversário estão em delírio com o rebaixamento. Os dos vascaínos então...
Abranches - Malditos vascaínos. No Carioca não arrumamos juiz pra ajudar em todos os jogos que a gente queria. Sem padrão nem com o Joel Santana que substituiu Luxemburgo, só conseguimos classificar pras semi finais da Taça Guanabara e da Taça Rio, porque os pequenos não estavam bem. Mas aí vem o Vasco e nos elimina da Guanabara. Vem o Vasco de novo e nos elimina da Taça Rio. Nos deram féria de um mês. Se não virarmos a mesa, ninguém vai segurar os torcedores do Vasco...
2248...
Durante a noite, José pega no sono, cansado que estava da longa jornada infrutífera em busca de emprego. José não sabe doproblema que pode causar sua roupa vermelho e preta. Mas Wright sabe. Sim! O observador é mesmo Wright. Ele que fora excluído de última hora do gruop que criou José, o humanóide meio humano, meio artificial, com DNA de Renato Maurício Prado e DNA artificial gerado por uma máquina. Essa máquina criou diretrizes a serem seguidas por José, que ainda não estão ativadas por completo. Mas o fato de José querer arrumar emprego, já é uma “ordem” do DNA artificial, pois todos sabem que quem veste vermelho e preto, não gosta de trabalhar...
Sabendo que a polícia está fazendo suas caminhadas pelas ruas da cidade, Wright deve agir rápido. Ele chega perto de José e pensa em acordá-lo. Mas este parece estar sonhando e falando sozinho:
José - Ai... Hmmm... Ai... Zannn... Vai Zann...
Wright - Pô!! Mas que merda!!
